Todos os profissionais que atuam no meio corporativo lidam com o conceito de liderança – sua importância, as habilidades necessárias para ser um líder, como é importante desenvolver-se como líder, etc. Mas, afinal, por que os líderes têm tanto valor dentro das organizações? Por qual motivo eles são tão necessários?
Algumas ideias explicitadas no livro Liderança baseada em valores (Editora Campus, 2009), com artigos de vários acadêmicos e especialistas, apontam importantes pistas sobre a importância do exercício da liderança nas empresas. A publicação destaca que um dos papéis essenciais dos líderes é levar adiante valores que além de manterem a produtividade e a lucratividade em curto prazo, podem determinar a consolidação e a sobrevivência da empresa em médio e longo prazos.
Para isso, é necessário que valores específicos sejam colocados em prática, como a ética nas relações profissionais, o senso e a percepção de justiça, além da geração de ambientes que zelem pelo trabalho com a motivação e o entusiasmo. A liderança baseada em valores como esses é cada dia mais valorizada por empresas que, com uma visão clara de futuro, enxergam neste modelo uma forma de lidarem com a pressão de um mundo cada dia mais pautado pelo imediatismo e suas consequências.
O líder efetivamente preparado para criar espaços onde se estabeleçam pactos éticos também tem a capacidade de influenciar a cultura empresarial, ajudando a consolidar boas práticas de governança. Diferente do chefe do passado, que via seus subordinados como simples inferiores, o líder contemporâneo aposta na parceria e na cooperação, construindo novas percepções que podem, até, transformar a forma como seus funcionários se relacionam fora dos muros das empresas.
Assim, é possível afirmar que a liderança empresarial – suas premissas, preocupações e normas – é capaz de trazer transformações positivas a diversos paradigmas ligados às relações de trabalho. Tem ainda o poder de modificar a visão de mundo de colaboradores e parceiros, contribuindo para a construção de uma sociedade mais colaborativa, sem deixar de lado – em momento algum – as metas da empresa onde atua.