Fazer hora extra já é uma prática mais do que naturalizada dentro de setores empresariais e de inovação em todo o mundo. Uma pesquisa recente realizada pela Sage demonstra o perfil de 11 países no que se refere ao tanto de horas a mais que empresários e trabalhadores precisam se dedicar ao trabalho e de que forma isso afeta suas vidas e seus desempenhos enquanto profissionais.
O estudo coloca o Brasil em primeiro lugar como o país em que os funcionários de PMEs (pequenas e médias empresas) mais trabalham em horas extras. O brasileiro trabalha uma média de 5,8 horas a mais por semana. Em segundo lugar no ranking aparece a Alemanha com 5,7 horas a mais no trabalho e, em terceiro, os Estados Unidos, com 5,46 horas a mais. A média mundial é de 3,91 horas extras.
A lista segue com Irlanda, África do Sul, Portugal, Canadá, França, Reino Unido, Espanha e Austrália, respectivamente. A pesquisa contou com mais de 2,6 mil empresas com até 100 funcionários. No Brasil o vínculo com o trabalho se dá de uma forma bastante emocional já que muitos funcionários apontaram que se sentem responsáveis e aceitam as horas extras por amor ao que fazem.
Levando trabalho para casa
A tecnologia também é muito utilizada para o trabalho por aqui, o que aumenta os índices de pessoas que fazem reuniões por conferências ou que se utilizam de smartphones e internet para trabalharem também em casa. Pela pesquisa, 42% dos brasileiros citaram a tecnologia como aliada para a redução de tempo a mais no trabalho contra a média global de 27%.
Contando todos os empreendedores entrevistados, as horas extras no trabalho representam uma contribuição de 8,3 milhões de dólares (7,8 milhões de euros) para a economia global. Dentre os pontos negativos apontados pelos pesquisados no que se refere a essas horas a mais estão a menor participação na vida familiar e a diminuição do processo criativo e de inovação. Pela pesquisa fica claro que o equilíbrio é a chave para o sucesso.