De origem inglesa, o termo just in time (no tempo justo, em inglês) é adotado na área de administração de produção de empresas e propõe a ideia de que existe hora certa para que cada processo necessário seja executado no cotidiano de um empreendimento. Dessa forma, deve haver um momento certo para comprar, produzir, transportar ou vender, evitando desperdício.
O conceito do just in time surgiu no Japão, no princípio dos anos 50, sendo o seu desenvolvimento creditado à Toyota Motor Company, a qual procurava um sistema de gestão que pudesse coordenar a produção com a procura específica de diferentes modelos de veículos com o mínimo atraso.
Nesse sistema, o produto ou matéria-prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário, ou seja, os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados, não existe estoque parado.
A partir dos anos 70, essa filosofia de produzir apenas o que o mercado solicitava passou a ser adaptada por outros fabricantes japoneses, colocando os veículos por eles produzidos em uma posição bastante competitiva no mercado.
Atualmente, mais do que uma técnica de gestão da produção, o just in time vem sendo considerado como uma completa filosofia a qual inclui aspectos de gestão de materiais, gestão da qualidade, organização física dos meios produtivos, engenharia de produto, organização do trabalho e gestão de recursos humanos.
Entretanto, para que esse sistema funcione é necessário um trabalho muito cuidadoso de logística. É preciso que sejam escolhidos os fornecedores certos e que estes estejam perfeitamente cientes do sistema just in time, para que sempre possam fornecer a matéria-prima na medida certa e de acordo com a demanda.
Além disso, um dos fatores que contribui para o sucesso do método just in time é ter a fábrica próxima aos fornecedores, pois, assim, esses conseguem fornecer o material de forma rápida e em pequenas quantidades.
Algumas outras características do just in time:
• O sistema não será perfeito se houver a produção de muitos produtos diferentes, já que isto requer extrema flexibilidade do sistema produtivo;
• O processo de produção deve ser celular, dividindo os componentes produzidos em famílias;
• É dada muita ênfase na redução e valorização do tempo, sendo que o tempo consumido na produção deve maximizar a qualidade e gerar valor ao produto.