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A inflação é um processo de elevação de preços que ocorre sempre que há uma procura maior do que a capacidade de uma economia produzir determinado bem ou serviço. A inflação pode ser de oferta, quando há escassez de produto; ou de demanda, quando a procura é maior do que a quantidade ofertada.
No Brasil, vivemos atualmente um período de inflação de demanda, visto que o aquecimento econômico deixou a população com maior poder aquisitivo, o que expandiu o consumo, ao mesmo tempo em que a produção não conseguiu acompanhar este crescimento. Em 2012, a inflação no Brasil foi de 5,84% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja, o preço dos bens e serviços foram inflados, com média de 5,84%. Quando há a redução de preços, dá-se o nome de deflação.
Mas quais são as consequências da inflação e como ela causada no Brasil?
Consequências
A inflação é prejudicial para a economia do país, podendo gerar diversos problemas e distorções econômicas. São consideradas altas as taxas superiores a 6% ao ano.
A desvalorização da moeda também começa a prejudicar a economia. Com a inflação elevada, a moeda vai perdendo o seu valor. Como os salários dos consumidores não sofrem tantos reajustes constantes como os produtos, o poder de compra da população diminui. Os consumidores passam a precisar de mais dinheiro para comprar exatamente a mesma quantidade de produtos.
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Os produtos importados passam a ter um aumento de preço, tendo em vista que o real está perdendo valor e, consequentemente, o dólar acaba fazendo o movimento inverso. Se o país depende muito da importação, a inflação aumenta cada vez mais, entrando em um ciclo vicioso.
Investidores não arriscam aplicar no setor produtivo do país, preferindo utilizar aplicações financeiras nos bancos. Além disso, provoca um clima econômico desfavorável, onde o mercado internacional vê o país de forma negativa para os negócios, evitando fazer investimentos de médio e longo prazo.
Uma consequência leva a outra quando falamos em inflação. Com tudo isso, há também o aumento da especulação financeira, que é prejudicial ao país, pois grandes somas de capital podem entrar e sair rapidamente, causando uma grande instabilidade, que volta a ser uma causa para evitar investimentos.
Para tentar controlar a inflação, o país aumenta a taxa de juros. Com os juros elevados, o consumo diminui, forçando os preços a caírem. Já a consequência dos juros altos desestimula os negócios que precisam de investimentos e financiamentos. Com as empresas tendo que cortar custos para sobreviver em um ambiente de inflação alta, a taxa de desemprego tende a aumentar.
Causas
Quando o consumo interno de um país fica muito perto de sua capacidade produtiva, os empresários podem ter incentivo para aumentar os preços, principal causa para a inflação. Outro processo muito comum é o “choque de oferta”, que se dá quando algum imprevisto causa uma queda muito brusca no volume de produção de um determinado bem, como desastres naturais devastadores, mudanças climáticas que causam perca de muitas lavouras e surtos de doença entre animais.
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A circulação e produção de mais dinheiro acabam causando a desvalorização da moeda e, consequentemente, a inflação. Isso acontece quando o Governo precisa injetar mais dinheiro, que na verdade não possui, na economia. Existem outros fatores menos relevantes para a causa da inflação, como a variação cambial, fenômenos inflacionários globais e a inflação passada. Essa última foi muito comum na história brasileira antes do Plano Real, criando uma nova causa: o medo. Empresários, pensando na próxima inflação, aumentavam os preços acima do que deveriam, causando uma inflação sobre inflação.
