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Conheça os fundos imobiliários mais rentáveis

Mesmo afetados pelas incertezas da economia, fundos imobiliários continuam sendo uma opção promissora de investimento. Veja indicações feitas por especialistas do mercado

Os fundos imobiliários são investimentos em imóveis com cotas negociadas na Bolsa de Valores. A opção tem se mostrado bastante rentável embora tenha sofrido no primeiro semestre de 2013 com as inseguranças em relação ao cenário econômico interno e externo. Segundo o site Fundo Imobiliário, dentre os 62 fundos mais líquidos, os dez melhores deram retornos entre 0,76% e 15,86% no primeiro semestre de 2013.

Na lista abaixo, realizada pela revista EXAME, você confere os dez fundos imobiliários mais rentáveis e os motivos de seus desempenhos positivos. Abaixo, seguem estas informações resumidas, para que você possa avaliar os seus investimentos:

1. Rep 1 CCS FII (RCCS11): +15,86%

Detentor de 40% de um Centro de Conveniência e Serviços (CCS) no bairro da Lapa, em São Paulo, esse fundo da CSHG tem uma parceria com a empresa Rep Centros Comerciais, empresa responsável pelo desenvolvimento do modelo de negócios CCS, baseado no formato dos strip malls ou “one-stop-shop” americanos – conjuntos de pequenas lojas dividindo uma mesma estrutura, com um grande estacionamento diante delas. Entre os locatários do empreendimento estão empresas como Subway, Empada Brasil, McDonald’s, Hering e Kopenhagen. No primeiro semestre deste ano, o rendimento pulou de R$ 5,50 em janeiro para R$ 11,50 em abril, em função do início do pagamento de renda mínima garantida até julho.

2. Aesapar FII (AEFI11): +8,64%

O fundo do Citi investe em dois campi universitários em construção, um na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, e outro em Cuiabá. Cada um abrigará mais de 5 mil alunos da Anhanguera Educacional. No último semestre, os rendimentos do fundo subiram de R$ 0,86 para R$ 0,90, e houve reavaliação para cima dos ativos da carteira.

3. Banrisul FII (BNFS11): +8,10%

O fundo investe em agências do Banco Banrisul, locatário por meio dos chamados contratos de locação atípica, válidos por dez anos, sem revisional de aluguel durante a vigência, apenas correção por um índice de inflação.

4. Multigestão Renda Comercial FII (DRIT11B): +7,73%

Esse fundo da Rio Bravo investe em escritórios e lajes corporativas menores e mais baratas que os imóveis de “alto padrão” ou “triple A”. É o caso de unidades no Edifício Berrini (n°1511), no Edifício Pedra Grande e do Edifício das Nações Unidas (n°20.000), todos em São Paulo.

Finanças

Foto: jornalggn

5. Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11): +4,26%

O fundo do Kinea é um “fundo de papel”, pois investe em ativos de renda fixa imobiliária, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras Hipotecárias (LH), podendo, contudo, também investir em imóveis. Segundo especialistas, a valorização deste fundo aconteceu principalmente por ter sido constituído recentemente (novembro de 2012) e ter composto sua carteira ao longo do semestre deste ano. Em janeiro, 45% do patrimônio estava alocado em CRIs, e o restante estava em LCIs e títulos públicos. Em junho, o percentual de CRIs já chegava a 81% da carteira.

6. Cyrela Thera Corporate (THRA11B): +4,24%

Esse fundo do BTG Pactual será dono de cinco andares do Edifício Thera Corporate, Green Building de alto padrão atualmente em construção pela Cyrela. Localiza-se na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105, em São Paulo, e tem previsão de entrega para agosto de 2014. São lajes de grande porte, com heliponto e quatro subsolos.

Como o imóvel ainda está em construção e sem aluguéis, o fundo tem uma renda mínima garantida de R$ 0,75 por mês, o que equivale a 9% ao ano em relação ao preço de lançamento da cota. Uma renda mínima como essa, que supera a Selic, ainda é interessante para os investidores.

7. Mercantil do Brasil FII (MBRF11): +4,16%

Outro fundo da Rio Bravo na lista, o Mercantil é dono de três imóveis locados para o Banco Mercantil do Brasil: sua sede e o conjunto de imóveis que abrigam seu complexo de tecnologia, ambos em Belo Horizonte, e uma agência no Centro do Rio de Janeiro. No primeiro semestre as cotas tiveram uma ínfima valorização de 0,52%, mas a remuneração se manteve em R$ 9,20 por cota.

8. RB Capital Renda II (RBRD11): +1,72%

Administrado pela Votorantim, o RB Capital Renda II investe em empreendimentos imobiliários comerciais construídos e locados na modalidade “built-to-suit” (especificamente para um determinado locatário). Os contratos de locação são atípicos – de dez anos e sem revisional, apenas correção pela inflação. São quatro imóveis em carteira, sendo duas megalojas, um centro de distribuição e um edifício corporativo.

9. Campus Faria Lima FII (FCFL11B): +1,59%

O fundo do BTG Pactual detém 100% de um imóvel localizado na Vila Olímpia, em São Paulo, que recentemente passou por uma expansão para praticamente dobrar sua área útil, de 10 mil m² para quase 20 mil m², locados para o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). No primeiro semestre foi expedido o “Habite-se” para a expansão e a locação da nova área começou em junho. Apesar disso, a renda mínima garantida de R$ 8,30 por cota (9,96% ao ano em relação ao preço inicial de R$ 1 mil da cota) ainda vai vigorar até maio do ano que vem.

10. SD Logística Rio (SDIL11): +0,76%

O fundo do Citi foi constituído para comprar a empresa Betel SPE e explorar o galpão logístico Multi Modal Duque de Caxias, no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O empreendimento está locado para as empresas BR Foods, CBA, Royal Canin e Telelok. Esse fundo assistiu a uma redução da vacância (período em que ficou vago) no primeiro semestre, e agora em julho foi completamente locado. Além disso, tem renda mínima garantida de R$ 0,75 por cota.

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