O Brasil é o país da América Latina que mais recebeu Investimento Estrangeiro Direto (IED) até a metade deste ano. Em setembro eles somaram US$ 4,77 bilhões, mais alto que o montante apurado no mesmo período do ano passado, de acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas (Cepal).
No entanto, no acumulado de 2013, os investimentos estrangeiros diretos no Brasil chegaram a US$ 43,782 bilhões, o que representa 2,63% do produto interno bruto (PIB), números inferiores aos registrados no mesmo período de 2012.
Investimento direto é todo o subsídio de dinheiro vindo do exterior, aplicado na estrutura produtiva de um país, isto é, a participação acionária em empresas já existentes ou na criação de novas empresas.
Esse tipo de investimento é interessante porque os recursos que entram no país ficam por longo tempo e ajudam a aumentar a capacidade de produção, ao contrário do investimento especulativo, que apenas passa pelo mercado financeiro e pode sair a qualquer momento.
Além disso, o IED tende a ser mais resistente às crises financeiras nos países receptores do que o investimento em carteira, pois resulta de decisões de longo prazo. Em certas ocasiões, a queda no preço das ações juntamente com a desvalorização cambial pode, inclusive, atrair esse tipo de investimento.
O Brasil está na 11ª posição entre os países que mais recebem investimentos estrangeiros no mundo, conforme uma pesquisa realizada pela consultoria Maksen, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Porém, na avaliação de 13 itens fundamentais para o recebimento desse investimento, o desempenho nacional é crítico, como foi a assinalado pela consultoria. No quesito eficiência do mercado financeiro, o Brasil ocupa a 46ª posição. Já na eficiência do mercado de consumo, o país fica na 104ª colocação, bem distante de Cingapura (1ª posição), Hong Kong (2ª), Suíça (7ª) e Alemanha (15ª colocação).
Tal estudo assinala que em termos de infraestrutura o Brasil está na 70ª posição, enquanto no quesito instituições ocupa o 79º lugar. A educação ocupou o 88º posto, bem distante dos principais receptores de IED, como Alemanha (2ª posição), Cingapura (3ª) e Suíça (5ª).