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Entenda o que é teoria das vantagens comparativas

A teoria das vantagens comparativas foi formulada em 1817 pelo inglês David Ricardo e refere-se à troca de bens entre países cuja produção é mais barata para um deles

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A teoria das vantagens comparativas foi formulada pelo inglês David Ricardo e explicada em seu livro “The Principles of Political Economy and Taxation”, de 1817. A teoria foi pensada com base no estudo de seu compatriota Adam Smith.

Para Ricardo, o crescimento depende da acumulação de capital e como consequência depende da taxa de crescimento, o que resulta no lucro. Diferente do pensamento de Smtih, que desenvolveu a teoria das vantagens absolutas, na qual quanto menos insumos forem utilizados para produzir determinado bem, maior será a vantagem absoluta na produção dele. Assim, cada nação deverá concentrar esforços para produzir determinado produto com custos mais baixos do que o de outros países.

Ao aprimorar esse pensamento, Ricardo notou que seria possível exportar para países que não possuíam vantagens absolutas, indo além da demanda nacional. Assim, cada país deve se especializar na produção de determinado produto, no qual ele é relativamente melhor, ou que consiga reduzir custos para exportá-lo. Em contrapartida, esse mesmo país deve importar mercadorias as quais não possui produção ou que o custo de fabricação é mais elevado.

Por exemplo, Portugal é especialista em produzir vinhos e a Inglaterra se destaca na confecção de tecidos. Se Portugal gasta menos mão de obra para produzir a bebida e para a Inglaterra é mais vantajoso produzir os tecidos, os países devem entrar em acordo para trocarem as mercadorias um para o outro, em uma decisão na qual os dois lucrem com esse comércio.

Assim, a vantagem comparativa leva cada nação a se especializar na produção de determinado bem de consumo, levando-se em conta a eficácia na execução de tal tarefa. Ao perceber essa situação, Ricardo desenvolveu a teoria do comércio internacional ao defender que enquanto a taxa de lucro estiver em expansão, será possível garantir o crescimento.

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Entretanto, os marxistas se opunham à teoria, pois para eles a especialização não é vantajosa para todo mundo por conta de situações de exploração. Recentemente, alguns estudiosos também levantam alguns questionamentos em relação à teoria das vantagens comparativas porque, segundo eles, pode haver a troca desigual entre países, ela não leva em consideração a lei da oferta e da procura, os preços praticados pelos países e o desenvolvimento da economia.

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