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O cenário atual da cobrança de impostos no Brasil

O País tem a maior carga tributária da América Latina, mas ocupa a última posição no ranking de comparação do volume de impostos versus qualidade de vida

Desde o pãozinho da padaria até o apartamento que você tanto deseja comprar. Tudo tem imposto no Brasil. E não é somente no que você paga que eles estão incluídos, eles também são descontados de sua renda. Por isso, o Brasil é o país da América Latina que mais cobra imposto.

A função deles é custear os gastos públicos com saúde, segurança, educação, transporte, cultura, o que inclui também as obras públicas. Porém, entre os 30 países de maior carga tributária do mundo, o Brasil é o que oferece o menor retorno em serviços públicos de qualidade à população, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (BPT). Esta é a quarta vez seguida que o país aparece em último lugar no ranking que avalia volume de impostos com relação à qualidade de vida.

Além disso, um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) revelou que o Brasil é o campeão em “desigualdade horizontal” – diferença de impostos pagos entre trabalhadores que recebem o mesmo salário. No Brasil existe a maior diferença entre o que é cobrado dos trabalhadores com a mesma renda, levando em conta somente o regime fiscal escolhido.

Por exemplo, um trabalhador em uma empresa de um único funcionário, que paga o imposto simples como pessoa jurídica, contribui com o equivalente a um décimo do que paga o assalariado de igual renda com carteira assinada.

Em comparação com os países vizinhos, o estudo confirma que o Brasil tem a maior carga tributária da América Latina. Atualmente, ela corresponde a, aproximadamente, 37% do Produto Interno Bruto (PIB).

Além de os impostos cobrados no Brasil serem exorbitantes, continuamos bem atrasados no que diz respeito à qualidade dos serviços públicos, perdendo para Uruguai e Argentina, que ocupam, respectivamente, a 13ª e a 21ª posições no ranking.

O estudo reforça ainda a necessidade de cobrar de todos os governos, tanto federal e estadual, mas também municipal, uma aplicação mais eficiente dos recursos arrecadados para que o volume de impostos cobrados da população sejam de fato utilizados em serviços públicos de qualidade, como fazem os outros países.

Com isso, é importante ressaltar que ninguém está isento de pagar os impostos no Brasil, mesmo quem é isento do IPTU e do imposto de renda. Uma vez que todos consomem produtos e serviços acrescidos de uma alta carga tributária, incluindo os de primeira necessidade, como: arroz (17,24%), feijão (17,24%), carne (23,99%), pasta de dente (31,37%), caderno escolar (34,99%) e outros.

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