A política monetária brasileira segue em ritmo restritivo com elevação da taxa de juros, controle da inflação e déficit no fluxo cambial. Neste ano, está previsto que haja um crescimento de 1,67% do Produto Interno Bruto (PIB). Valor considerado pequeno e menor do que o registrado em 2013, que foi de 2,3%.
Em fevereiro, o Governo anunciou o corte de 44 bilhões de reais do Orçamento de 2014. Em contrapartida, em janeiro, as despesas formadas pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, subiram 19,5% se comparado ao que foi gasto em janeiro de 2013, atingindo 90,11 bilhões de reais. Enquanto isso, as receitas líquidas somaram 103,07 bilhões de reais, representando um crescimento de 1,4%. Com isso, o governo central registrou superávit primário de 12,95 bilhões de reais em janeiro.
Já as exportações brasileiras cresceram 2,5% em fevereiro deste ano (US$ 15,9 bilhões), na comparação com o mesmo mês do ano passado (US$ 15,5 bilhões). Houve recorde mensal para os embarques brasileiros de soja em grão (US$ 1,386 bilhão), carne bovina in natura (US$ 502 milhões), couros e peles (US$ 248 milhões), minério de cobre (US$ 172 milhões), medicamentos (US$ 103 milhões), mármores e granitos e obras (US$ 95 milhões), instrumentos e aparelhos de medida e verificação (US$ 49 milhões).
As importações por sua vez registraram US$ 18,1 bilhões, valor 7,3% acima do verificado em fevereiro de 2013 (US$ 16,8 bilhões) e o maior para os meses. Com isso o saldo da balança comercial no mês, ficou negativo em US$ 2,1 bilhões.
Ainda como parte da política monetária no Brasil, o Banco Central informou que até fevereiro há um déficit de 246 milhões de dólares no fluxo cambial — o saldo entre a entrada e saída de moeda estrangeira do Brasil. Nesse contexto, o dólar está na casa dos R$ 2,34, sendo previsto que a moeda feche o ano valendo R$ 2,49.
Segundo a pesquisa Focus, as projeções para a inflação continuam elevadas, com o IPCA devendo encerrar este ano a 6,0% e 2015 a 5,70%, também sem alterações. Sobre a taxa de juros, o governo prevê que até o final do ano a Selic fique em 11,25%. Sendo que em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) já elevou a Selic de 10,50% para 10,75% ao ano, mesmo patamar de quanto a presidente Dilma Rousseff assumiu o poder.
Por fim, o Planejamento manteve em 176,8 bilhões de reais as expectativas de receita com concessões, dividendos e royalties. O mercado espera um número maior, devido a eventos como o leilão da tecnologia 4G, previsto para este ano.