Após décadas de trabalho e dedicação, chega a hora da tão sonhada aposentadoria. Mesmo que para os mais jovens este pareça um cenário muito distante, é impossível deixar para lá a realidade de que, em algum momento, poderá ser necessário parar de trabalhar – e contar com uma renda capaz de garantir um estilo de vida minimamente confortável.
Os trabalhadores formais contribuem para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e, desta forma, garantem o direito a um valor mensal após certa quantidade de anos trabalhados ou idade. Porém, tanto aqueles que passam a maior parte de suas carreiras sob outras formas de contratação quanto os que percebem que terão uma renda insuficiente para a manutenção de seu estilo de vida, a previdência privada se apresenta como uma alternativa para a aposentadoria complementar.
Este tipo de previdência constitui, basicamente, em um investimento a longo prazo. Por isso depende da habilidade dos assegurados em guardar, mensalmente, uma parte de seu salário com o objetivo único de desfrutar de um certo valor no futuro. Embora existam outros tipos de seguro com características parecidas – como os seguros pagos para o caso de invalidez ou acidentes – a vantagem da previdência privada é que ela possibilita menos pagamento de impostos para acumular um valor maior futuramente.
Os planos de previdência privada são, geralmente, divididos em dois: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O PGBL permite que o investidor abata as contribuições para previdência do Imposto de Renda, no limite de até 12% da renda tributável, desde que faça a declaração completa. O VCBL, considerado um produto secundário, não permite este abatimento, mas é um instrumento melhor para o planejamento sucessório e permite que o investidor faça a declaração do Imposto de Renda de forma simplificada.
Estas formas de tributação são diferentes das que incidem sobre os fundos de investimento comuns, tributados semestralmente. Desta forma, o valor que seria revertido para os impostos, continua rentabilizando no fundo com o passar do tempo.
É necessário ter uma noção muito clara de que qualquer plano de aposentadoria privada é um investimento de longo prazo e que, por isso, exigirá prudência e disciplina na manutenção de sua regularidade. Além desta questão, o investidor deve pesquisar com atenção todas as taxas cobradas pelas instituições que administram este tipo de produto, bem como os rendimentos, evitando sentir-se frustrado ou lesado ao final do processo.
Taxas de carregamento, gestão e saída são algumas das que, em geral, são praticadas pelas instituições que trabalham com estes tipos de plano. Por isso, é importante atentar-se sobre todos os detalhes e reservar um valor mensal para o investimento para que seja possível aposentar-se com tranquilidade extra.