Uma comprinha ali, 12 parcelas de um eletrodoméstico ali, e quando você se dá conta, percebe que mais de 80% do seu orçamento está comprometido em dívidas. Esta tem sido a realidade de muitos brasileiros, segundo pesquisa feita pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
De acordo com a instituição, em março deste ano 1,74 milhão de famílias paulistanas realizaram pelo menos algum tipo de dívida. O uso do cartão de crédito foi apontado por 74,2% dessas famílias endividadas como um dos principais tipos de despesa, seguido pelo financiamento de carro, com 14%, e pelos carnês, representados por 17,5%.
Os resultados das compras excessivas, gastos desenfreados e falta de educação financeira não são novidade. Segundo outra pesquisa realizada pela consultora Serasa Experian em março deste ano, 36% dos brasileiros voltaram a se endividar após um ano em 2013.
Especialistas em concessão de crédito dizem que é importante fazer um diagnóstico e ter o controle dos gastos. Se o endividamento for relativamente alto, é preciso rever suas contas para não muito juros.
Para constatar se você está prestes a fazer parte do grupo dos endividados ou se já é praticamente um consumidor inadimplente, fique de olho nas 10 dicas que podem ser considerados grandes sinais de alerta:
1- O consumidor começa a usar mais de um cartão de crédito e utiliza linhas de crédito diferentes em curto período de tempo;
2- O limite do cartão de crédito já não é mais suficiente para as compras, pois está comprometido de compras parceladas;
3- A pessoa começa a pagar dívidas em atraso e entra no rotativo do cartão de crédito;
4- Devido a falta de planejamento financeiro, a pessoa se vê obrigada a desfazer de bens já quitados, por valores menores que os de mercado, para saldar dívidas;
5- Interrompe pagamentos de renegociações, ou seja, pára de pagar o que já se comprometeu a quitar;
6- Tem que privilegiar pagamentos de contas mais importantes, como conta de luz, água, aluguel e escola;
7- A soma das despesas fixas mensais ultrapassam 70% do salário líquido;
8- Reinicia processos de renegociação de dívidas;
9- Pequenos deslizes no controle do orçamento passam a ser maiores;
10- Você faz promessas de redução de gastos mesmo com um comportamento de compras por compulsão.