Um bônus no salário, aumento de benefícios, desconto em cursos de atualização, uma folga ou um elogio feito pessoalmente ou via e-mail. São inúmeras as formas de se reconhecer os esforços de um funcionário que investe seu tempo e suas habilidades profissionais a uma determinada empresa.
O reconhecimento profissional nada mais é do que uma maneira de a empresa agradecer ao funcionário pela sua dedicação diária, e é justamente essa atitude que ajuda a reter talentos, aumentar a produtividade e deixar o clima organizacional mais leve e feliz. Entretanto, essa prática ainda é pouco difundida no mundo corporativo.
Em artigo publicado na Harvard Business Review, David Novak, fundador da OGO (O Great One), marca dedicada a ajudar as pessoas através do poder do reconhecimento, citou uma pesquisa que realizou para sua empresa e descobriu que 82% dos americanos empregados não sentem que seus supervisores os reconhecem o suficiente pelas suas contribuições. Constatou também que 40% deles colocariam mais energia em seu trabalho se fossem reconhecidos com mais frequência.
David Novak, que também é autor do livro “O GREAT ONE! A Little Story About the Awesome Power of Recognition” (“O grande! Uma pequena história sobre o incrível poder do reconhecimento”, em tradução livre), defende em seu artigo que é simples e barato para os líderes resolverem o déficit de reconhecimento em suas organizações. E separou algumas dicas:
1 – Tenha em mente que a esmagadora maioria das pessoas não é motivada simplesmente por um salário. Ela quer trabalhar duro, contribuir e ser notada e respeitada por seus esforços. Se você realmente aprecia seus funcionários, sua atitude virá naturalmente naquilo que você diz e faz.
2 – Mostre respeito ao compartilhar informações, sempre que possível. Sam Walton resumiu bem isso: “Quanto mais eles sabem, mais eles vão entender. Quanto mais eles entendem, mais eles vão se importar. Uma vez que eles se importam, não há nenhum obstáculo para eles. Se você não confiar em seus colegas para saber o que está acontecendo, eles saberão que você realmente não os considera parceiros.”
3 – Faça muitas perguntas – e não apenas a seus subordinados diretos, mas para tantas pessoas da linha de frente quanto possível. Uma pergunta que eu gostava de fazer é: “O que você faria se você tivesse o meu trabalho?”. Talvez a resposta seja uma sugestão útil, que você deve reconhecê-la e implementá-la, se possível, para provar que essas conversas não são à toa. Mesmo se você não obtiver quaisquer grandes ideias, essas discussões ainda podem ter um enorme impacto, contanto que sua equipe veja que você realmente pensou nas sugestões dela.
4 – Comemore o primeiro erro, não apenas os grandes acertos. Reconhecer publicamente as pequenas vitórias é gratificante e mantém todos motivados a longo prazo. Não seja o líder negativo que diz: “Bem, é ótimo que você tenha acabado de fechar essa nova venda, mas ainda faltam US$ 5.000.000 para fecharmos o orçamento deste ano!”
5 – Torne o reconhecimento tão divertido quanto possível. Leve o seu negócio a sério, mas não se leve muito a sério. Ao longo dos anos tenho dado galinhas de borracha e dentes de plástico para reconhecer as contribuições excepcionais. Qual você acha que as pessoas são mais propensas a mostrar e dizer aos seus amigos: uma galinha de borracha ou uma caneta?
6 – Personalize. Outro ponto interessante da pesquisa OGO: 76% das pessoas guardam mensagens manuscritas de agradecimento. Quando personalizado, um presente customizado terá um impacto maior do que algo produzido em massa, independentemente do preço.
7 – Faça o reconhecimento em tempo hábil. Não espere as reuniões mensais ou revisões anuais de desempenho. Os entrevistados pela OGO relataram uma média de 50 dias desde última vez que se receberam um reconhecimento de alguma forma no trabalho. Esse é um tempo muito longo. As boas coisas estão acontecendo ao seu redor; observe-as e aproveite todas as oportunidades para reconhecer seus funcionários.
8 – Finalmente, lembre-se: reconhecimento é um privilégio, não apenas mais um item na sua lista de afazeres. Como líder, você tem o privilégio de alimentar as almas das pessoas e ajudá-las a se sentirem bem a respeito de si mesmas. E, alimentando as almas dos seus funcionários, você vai alimentar a sua em troca.