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Carreira e finanças devem ter planejamentos alinhados

Pixabay / joelfotos É importante que os planejamentos profissional e financeiro andem sempre juntos.

Quem acompanha essa coluna desde o começo sabe o quanto falo da importância do planejamento financeiro. Sem ele, muitos sonhos podem nunca sequer sair do papel, como, por exemplo, o crescimento profissional, que precisa constantemente de investimento. Por esse motivo, podemos afirmar que carreira e finanças precisam caminhar juntas para que o processo seja mais eficaz e o resultado, sólido.

No primeiro artigo, citei quatro passos da metodologia que desenvolvi, com base em minha longa experiência como educador e terapeuta financeiro. São eles: diagnosticar, sonhar, orçar e poupar, que foram criados, a principio, pensando na questão financeira. No entanto, a partir deles, também é possível fazer um bom panorama da carreira e traçar os novos planos.

Então, vamos ao alinhamento:

1. Diagnosticar

Profissional: analise a situação, onde você conseguiu chegar e quais as possibilidades daqui pra frente. Faça uma reflexão sobre os erros que não devem mais ser cometidos e resgate as coisas que deveria ou gostaria de fazer, mas sempre posterga.

Financeiro: saiba exatamente qual é a sua situação financeira. Tenha total ciência dos seus números, como ganhos e gastos mensais. Se precisar, anote durante 30 dias essas despesas, separando-as em categorias, para ter a visão micro e macro ao mesmo tempo e descobrir o que pode ser diminuído ou até eliminado.

2. Sonhar

Profissional: quando foi a última vez que você traçou um objetivo maior para alcançar em sua carreira? Muita gente está na inércia há bastante tempo ou até com receio de arriscar qualquer coisa, em meio a um cenário de desemprego tão alto e economia instável em nosso país. No entanto, são os sonhos que nos movem, por isso, reflita sobre o assunto e defina no mínimo uma meta a ser atingida nos próximos meses e veja o que é preciso para que se torne realidade.

Financeiro: defina, pelo menos, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos). Para cada um é importante pesquisar quanto custam e saber quanto você conseguirá dispender mensalmente. Pode ser uma tarefa difícil, mas é, sem dúvida, recompensadora.

3. Orçar

Profissional: “orce” quais as ferramentas/meios que você precisa para chegar aonde quer (sonho). Se de repente quiser galgar um cargo maior, precisará talvez de uma especialização, um aprimoramento em algum idioma estrangeiro ou uma aquisição de um equipamento melhor, por exemplo. Tudo isso deve ser muito bem analisado para que o resultado seja atingido.

Financeiro: por toda a vida, a maioria das pessoas aprendeu a fazer a seguinte conta para controlar as finanças: Ganhos (-) Gastos = Lucro/Prejuízo. Matematicamente, é infalível, entretanto, o assunto não é estritamente uma ciência exata. Aliás, é em sua maior parte uma ciência humana, pois se baseia em comportamento. Então o correto é priorizar os sonhos, passando a fazer o seguinte cálculo: Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos, ou seja, primeiro retira o valor dos sonhos, depois readéqua as despesas ao que sobrar.

4. Poupar

Profissional e Financeiro – Nesse caso, a orientação é a mesma para as duas. De nada adianta todo esse processo se, no final, não conseguir colocar em prática poupando. Este é um quesito muito importante e talvez o mais difícil, pois passa por uma mudança de hábitos. Conseguido isso, é hora de buscar se informar sobre as melhores opções de investimento para cada objetivo, de acordo com o prazo deles.

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