“Quando as pessoas precisam lidar com os perigos dentro da empresa, a própria organização se torna menos capaz de enfrentar os perigos de fora.”
Simon Sinek
Colaboração tem a ver com criatividade compartilhada e superação da necessidade de controle, para que haja a naturalidade no conflito de pensamentos, reflexões, opiniões e soluções. Fazer emergir a inteligência coletiva, que nasce da diversidade que se complementa em um grupo, é um dos caminhos mais curtos para a cooperação.
Valorizar a bagagem e conhecimentos individuais, incentivando a troca construtiva de insights e descobertas que culminem no desenvolvimento do coletivo, evidencia o fato de estarmos interligados através dos conhecimentos e bagagens individuais para o todo.
A cultura de uma organização é reflexo da consciência de seus líderes. A transformação cultural começa na mudança pessoal desses influenciadores, pois tudo que uma organização foca é um reflexo da consciência coletiva do grupo de indivíduos que a constitui.
Existem certos valores e comportamentos que são especialmente limitantes e que bloqueiam a inteligência coletiva, o fluxo das novas ideias e a criatividade que precede a renovação, o aperfeiçoamento e a inovação.
Quando não há convergência nos valores individuais e coletivos e os líderes atuam somente para atender seus próprios interesses, por exemplo, cria-se o clima de competição e a energia que deveria ser destinada ao objetivo final de crescimento é dissipada com a necessidade de sobrevivência de cada um dos elementos de um grupo. Criam-se as fofocas, os comentários maldosos, as críticas excessivas ao trabalho dos colegas e a necessidade de se destacar a qualquer preço pelo medo de que seu trabalho não seja visto ou reconhecido.
Este comportamento tem origem nos paradigmas baseados no medo, na falta de confiança verdadeira nas próprias habilidades e consequente necessidade de controle, que acaba sufocando e impedindo funcionários de desenvolverem seu potencial, gerando descomprometimento, boicotes intencionais ou não e falta absoluta de motivação.
É muito desgastante propor combinações originais dentro de novos contextos e não desanimar diante das mudanças quando estamos inseridos em uma cultura baseada no medo e na falta de confiança. Intolerância e apontamento de erros são outros entraves ao avanço da melhoria contínua e colaboração, pois reforçam o autoritarismo em todos os níveis, gerando insegurança e enfraquecendo o poder pessoal dos indivíduos. Nossos sistemas de defesa são ativados quando identificamos situações de perigo e o ataque hostil costuma ser a resposta quando inseridos em um meio que propicie a competição voraz e desmedida.
Equipes que atuam em clima de tensão, desconfiança e medo não abrem espaço para a criatividade e a inovação. Estimular a empatia, a autoempatia e a inteligência emocional entre membros de uma equipe, valorizando conflitos e não confrontos de ideias, fortalece os espaços de diálogo e minimiza a ansiedade que tanto atrapalha resultados favoráveis.
Isso garante a resiliência necessária para encarar desafios, sejam eles quais forem.