A notícia da chegada do 13º salário é como música aos ouvidos de qualquer profissional, afinal, rendas extras são sempre bem-vindas – especialmente no final do ano, que é quando o consumo costuma aumentar por conta das celebrações. Por isso, é importante refletir sobre a sua situação, tanto financeira quanto profissional, para planejar o uso desse valor.
Pense sobre a fase da vida na qual você se encontra e quais objetivos pretende conquistar. Sugiro essa reflexão porque ter educação financeira é justamente saber usar os recursos para garantir a sua qualidade de vida, e não entender de investimentos, como muitos pensam. Por isso, usar boa parte do seu 13º para investir em seus sonhos é uma decisão bastante assertiva.
É claro que o consumo aumenta nessa época do ano, pois há despesas que, apesar de se repetirem sempre, infelizmente ainda são consideradas extraordinárias por muitas pessoas, como as confraternizações e as trocas de presentes. É importante prever esses gastos no orçamento, mas, caso seja necessário, é válido usar parte do 13º para evitar o endividamento, sem se esquecer de poupar uma parte para os sonhos e objetivos.
Agora, se você estiver endividado e com dificuldade para administrar as finanças, sugiro que trace um planejamento antes de tomar qualquer decisão. Digo isso porque pode parecer a melhor saída usar essa renda extra para quitar as dívidas, mas lembre-se, o que lhe colocou nessa situação, em primeiro lugar, foi a falta de educação financeira. É apenas identificando o seu comportamento em relação às finanças que você poderá mudar seus hábitos e sair dessa situação de forma definitiva.
Desejar quitar as dívidas pode ser um importante sonho, mas não deve ser o único. Pense em tudo aquilo que deseja realizar e coloque no papel, aproveite a chegada do 13º para começar a poupar para os seus objetivos. Acredite, alimentar os seus sonhos será o estímulo para se desenvolver na carreira e melhorar sua vida constantemente.
Na hora de investir, tenha em mente que o melhor investimento é aquele que mais “combina” com o seu sonho. Por exemplo, se você pretende juntar dinheiro para renegociar suas dívidas em seis meses, não vale a pena investir na Previdência Privada (que é boa para objetivos de longo prazo). Nesse caso, você pode pensar em Títulos do Tesouro Direto. Veja mais alguns exemplos:
Para sonhos de curto prazo
Se você pretende conquistar algo em até um ano, o ideal é que invista o dinheiro em Títulos do Tesouro Direto, além de CDBs, LCIs e LCAs. Em casos de curtíssimo prazo, na poupança.
Para sonhos de médio prazo
Se a sua intenção é realizar um sonho entre um e dez anos – como viajar, trocar de carro ou comprar uma casa –, você pode investir em Fundos de Investimentos, além de Títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs.
Para sonhos de longo prazo
Pensando em objetivos a serem conquistados em mais de dez anos – como a independência financeira para uma aposentadoria sustentável –, indico a previdência privada e a diversificação de cerca de 10% do valor em debêntures e ações, caso tenha um perfil investidor mais agressivo.