Dotadas de atributos comportamentais diferenciados na comunicação, resultantes do tipo de educação, noção de realidade e da própria constituição biológica, a mulher ganha cada vez mais espaço no mercado de trabalho e suas características pessoais e comportamentais vêm contribuindo para ambientes mais humanizados e cooperativos.
O mundo corporativo conta com a crescente participação da mulher no mercado de trabalho. A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) aponta, em 2004, 12,5 milhões de trabalhadoras com carteira assinada, número que quase dobrou em 2014, quando chegou a 21,4 milhões, 43,25% do total. Em uma de suas pesquisas, o Great Place to Work® ‒ empresa global especializada em ambientes corporativos – avaliou que, dentre as 12 melhores empresas para se trabalhar, 29% dos profissionais são mulheres, sendo 166 representantes em cargos de liderança.
O potencial feminino e a sua sensibilidade aguçada permitem a identificação de necessidades e expectativas da equipe, tornando-a uma líder inspiradora e parceira, conforme explica o Prof. Dr. Renato M.E. Sabbatini, doutor em neurofisiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto. Ele aponta diferenças entre o cérebro feminino e masculino, estando presente nas mulheres aspectos comportamentais diferenciados nas relações humanas, no reconhecimento dos aspectos emocionais em seus pares e grupos. Ele cita, também, o biólogo Edward O. Wilson ‒ da Universidade de Harvard ‒ que identificou nas mulheres uma tendência a terem mais habilidade em empatia, comunicação, sociabilidade e proteção. Essas características conferem às mulheres um bom relacionamento interpessoal, elemento fundamental para uma liderança eficaz.
As mulheres possuem uma acuidade sensorial perceptiva mais aguçada do que o homem, destacando-se na habilidade de se colocarem no lugar do próximo, diretamente ligadas ao altruísmo, resultando em um olhar mais atento e com tom mais acolhedor, transmitindo muito mais do que uma simples mensagem manifestada por meio das palavras.
Nessa jornada, atuando como professor de comunicação verbal, tive a oportunidade de atender a muitas profissionais, com toda gama de qualidades, aprimorando-se em segurança, assertividade e autoconfiança, diretamente ligadas a uma comunicação verbal firme e natural, que viram neste trabalho o desafio de tirar da sombra um grande potencial.
Elas perceberam neste trabalho o desafio de tirar da sombra um grande potencial, o aprimoramento continuado da habilidade de propiciar a naturalidade e a desenvoltura, a coragem e a segurança, a estruturação inteligente do pensamento e a leveza da sensibilidade e feminilidade, em favor de um processo impactante e envolvente, sensível e assertivo. Assim sendo, aliar o potencial comunicativo natural da mulher ao aprimoramento da comunicação assertiva, dentro do contexto corporativo, pode otimizar o desenvolvimento e a conquista de novas posições, em todas as esferas da liderança.
Fundamentais no cenário corporativo, as mulheres têm papel fundamental, sendo indispensáveis à mudança de padrões sociais, inclusive corporativos, trazendo o seu tom acolhedor e cheio de perspectivas, realizando conquistas para si e para as empresas nas quais atuam.