A comunicação permeia toda a nossa existência, desde o choro no momento do nascimento, depois as primeiras palavras que balbuciamos para a interação humana, enfim, desde a mais tenra idade.
Analisando a história humana, há 70 milhões de anos, os primatas já se comunicavam de forma primária. Como qualquer outro mamífero, se expressavam com gritos, urros, grunhidos, rosnados e suas posturas corporais exprimiam suas necessidades básicas: comer, beber e acasalar. Os homo sapiens faziam o uso de uma linguagem imitando sons de animais e da natureza.
Podemos observar que nossos antepassados foram abandonando a mera impressão sensorial e passando a utilizar a interpretação e compreensão dos símbolos, dando os primeiros passos para o surgimento do pensamento, da linguagem e da sociedade que conhecemos hoje.
Somos uma geração que se comunica muito mais agora do que no início da história da humanidade. As gerações atuais são multifuncionais: nascem e crescem em meio a computadores, laptops, smartphones, desde muito cedo mexem no teclado, falam ao celular, escolhem um ícone na tela e brincam com jogos.
Hoje a comunicação em tempo real demanda cuidado com o falar e o escrever nas redes sociais. Sem dúvida, a atual geração criou uma nova linguagem e também outros jeitos de se comunicar trocando fotos, vídeos… Enfim, comunicação é a base da vida atual.
Mas é preciso cuidado com essa frenética comunicação das redes sociais, assim como a conversa que se mantém com amigos, em casa e nos ambientes de trabalho. Redes sociais, mensagens de texto, fotos e vídeos são muito atraentes e divertidos, mas representam apenas uma pequena parte da comunicação que usamos nos diversos ambientes.
A comunicação não é apenas um meio de interação, ela é avaliada pelas palavras, forma e conteúdo e envolve a percepção humana. Cada pessoa possui um conjunto de crenças e formas de qualificar a informação que impacta nos relacionamentos.
Experimentamos ao longo da vida as respostas de nossos pais, irmãos, demais membros da família, depois dos professores, dos colegas de classe e, quanto mais a sua vida social se amplia, mais você aprende que as pessoas são diferentes, sentem e veem o mundo sobre óticas distintas, que exigem de nós um cuidado com comunicação emitida para cada tipo de pessoa e situação.
Para desenvolvermos o respeito às particularidades de cada pessoa, precisamos olhar para o nosso “espelho interno” e sentir como queremos ser vistos e tratados. E que, da mesma forma, como o outro gostará de ser visto e bem tratado.
Não podemos esquecer de que sempre esperamos reciprocidade nos relacionamentos, ou seja, queremos dar, mas também receber. Ouvir e ser ouvido, compreender e ser compreendido.
Todos nós temos o direito de escolher com quem, quando e de que forma vamos nos relacionar, mas não é o que geralmente acontece. Em muitas situações precisamos conviver com pessoas com as quais não temos afinidades e até nos antipatizamos. Neste caso, o ideal é aprendermos a lidar bem com elas, não ironizando, não criando apelidos e sem provocações.
Enfim, a comunicação de ontem, de hoje e a do amanhã exige o desenvolvimento da habilidade pessoal e profissional como forma de conquistar a paz interior, relacionamentos afetivos e cooperativos e ainda o sucesso no mundo competitivo profissional contemporâneo.