No meio do Carnaval, um fato “quebrou” a internet: o anúncio errado do ganhador do prêmio de melhor filme do Oscar 2017 – sempre o mais aguardado da noite. Warren Beatty e Faye Dunaway anunciaram a vitória do filme “La La Land”, mas o verdadeiro ganhador era “Moonlight: sob a luz do luar”. O erro foi corrigido em minutos, mesmo que nesse tempo muita coisa tenha ocorrido: comemoração; discurso de agradecimento dos “não ganhadores”; detecção e correção do erro; posts, memes, caras e bocas; breve explicação sobre o erro; nova comemoração e agradecimento do real vencedor.
Em meio a tantos ocorridos em alguns minutos e uma repercussão avassaladora, vale ressaltar três reflexões que podem nos ensinar a lidar com erros no mundo corporativo – afinal, eles existem.
1. Foco em resolver o problema em vez de seguir adiante com o erro
Claro que Warren Beatty e Faye Dunaway não são os responsáveis pelo erro em si, mas anunciaram o “vencedor” mesmo diante da frase “Emma Stone – La La Land” e não simplesmente “La La Land”. Warren Beatty faz uma expressão de dúvida, hesita, olha para Faye, antes de ela tomar a iniciativa e dizer o nome do filme supostamente vencedor. Claro que, pelo contexto da premiação e da formalidade e magnitude do evento, se fossem outros os responsáveis por anunciar o vencedor, a atitude poderia ter sido a mesma. Mas como lição podemos apontar o seguinte: diante de uma informação desencontrada ou aparentemente inapropriada para a situação, vale a pena esclarecer o problema detectado e entender o que está havendo, antes de seguir adiante com o erro. No caso do Oscar, dizer “no envelope consta Emma Stone – La La Land” seria o início da resolução do problema, apesar da repercussão que isso também geraria.
2. Erros ocorrem e devem ser prontamente corrigidos
Por mais que não se deseje que erros ocorram, uma vez que eles aconteçam, é preferível admitir o problema e corrigir o mais rápido possível. Foi o que vimos no Oscar. Enquanto os diretores de “La La Land” agradeciam, começou uma movimentação nos bastidores até o palco, para que fosse anunciado, ali mesmo, o erro e corrigido, para que os diretores de “Moonlight” pudessem sair premiados e tudo fosse esclarecido ainda na cerimônia. Anunciar o erro depois, em nota, no dia seguinte, seria pior ainda. Por isso, uma vez que um erro seja detectado, corrija-o prontamente, postergar é ainda mais prejudicial do que errar.
3. Repensar o processo para evitar novos erros e risco de imagem
Sem dúvida, no Oscar 2018, a execução de todo o processo será ainda mais cuidadosa, para que erros como esse não voltem a ocorrer. Até porque um novo erro em sequência arranharia demais a reputação da premiação, mesmo que, no histórico, não constem erros há décadas. Fica essa lição: cuidado redobrado, revisão do processo, ajustes das ações, para evitar novas falhas comprometedoras da reputação de um profissional ou da empresa que ele representa.
Resumidamente, tiramos a seguinte lição desse erro histórico do Oscar 2017: ao perceber um erro, comunique-o sem tomar qualquer ação antes disso, corrija-o rapidamente e evite novos erros para preservar sua reputação.