Flávia Freire, Evaristo Costa e Mara Luquet são alguns dos jornalistas que, recentemente, deixaram seus empregos na maior emissora de televisão aberta do país, a Rede Globo. Com mais ou menos burburinho na internet, a depender da popularidade de cada um dentro e fora das redes sociais, essas saídas podem nos ensinar muito sobre deixar de lado a estabilidade e buscar um trabalho com propósito, aliado à qualidade de vida e condizente com seus valores.
Flávia Freire, por exemplo, depois de 19 anos de Rede Globo, mudou-se para Portugal com o marido e o filho. No comunicado oficial, informou que fechava um ciclo de conquistas e se dedicaria ao que realmente faz sentido a ela: a família. Apesar da estabilidade que tinha na emissora, sua participação nos programas jornalísticos poderia estar aquém de suas expectativas ou a rotina de trabalho não condizia com seus valores no atual momento da carreira.
Evaristo Costa surpreendeu seus fiéis seguidores nas redes sociais e os telespectadores do Jornal Hoje, habituados à bem-sucedida dupla que fazia com Sandra Annemberg na bancada do programa. Entre rumores de que não era visto como um grande jornalista, mas como um bom apresentador, de que havia errado muito na cobertura das eleições 2016 e entre expectativas de que substituiria, a longo prazo, William Bonner no Jornal Nacional ou Tadeu Schimidt no Fantástico, Evaristo decidiu sair para fazer um ano sabático e declarou que as filhas e a esposa deixaram de ter sua presença em muitas datas importantes. Independentemente do motivo real para a saída, o fato é que manter-se na bancada do JH não condizia mais com seu propósito, apesar da estabilidade e do reconhecimento na posição.
Mara Luquet deixou mais evidente sua busca por propósito ao escolher sair do grupo Globo (CBN, GloboNews e SPTV), para dedicar-se à sua própria empresa de geração de conteúdo sobre finanças pessoais. Além disso, Mara será garota-propaganda do Bradesco, posição que os jornalistas da Rede Globo são proibidos de ocupar. Em sua declaração, a especialista em finanças admitiu que a visibilidade de estar no grupo é muito atrativa, mas que chegou o momento de focar em seu negócio.
Essas histórias são apenas alguns exemplos e um pequeno retrato do que ocorre no mercado de trabalho diariamente: profissionais com grande estabilidade, muitas vezes reconhecidos por seus pares e superiores, mas com propósitos distintos dos objetivos traçados pela empresa para eles próprios. Nesse cenário, arriscar e tomar uma decisão condizente com seu propósito de vida e seus valores é essencial para obter satisfação pessoal e profissional.
E você, arriscaria uma carreira estável para atender seu propósito de vida? E quais são mesmos seus propósitos e valores? Reflita a respeito.