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Workaholic x Worklover – diferenças e semelhanças

De acordo com especialista, o preço a se pagar pelos vícios é alto e, nos dois casos, a palavra de ordem é equilíbrio

iStockphoto.com / g-stockstudio Os dois comportamentos são nocivos, um pela dor e o outro pelo prazer.

Estudos mostram que o vício no trabalho é semelhante ao vício em álcool, por exemplo. O pano de fundo desse que os pesquisadores chamam de transtorno é a compulsão. Desse conceito surgiu então os termos workaholic e worklover, que servem para designar os profissionais obcecados pelo trabalho.

O primeiro termo se caracteriza por excessos que geram altos níveis de estresse, desequilíbrio emocional e muitas vezes conseguem até atingir a saúde do corpo e da mente. Já o segundo é tratado como uma alternativa de prazer, na qual os profissionais buscam algum tipo de realização. Nem sempre os dois termos estão relacionados a altas performances, mas uma coisa eles têm em comum: o exagero.

A psicóloga e master coah, Ana Paula Bellati, alerta que embora o segundo termo pareça mais leve, é preciso tomar cuidado com as consequências que esses exageros possam ocasionar, como a deterioração da qualidade de vida. “Ambos pecam pelo excesso. Um pela dor e o outro pelo prazer, mas quando concentramos muita energia em um só campo da nossa vida, acabamos deixando outros campos desassistidos”, alertou.

Workaholic e Worklover: dois comportamentos insaciáveis

O que distingue um termo do outro, como explica a psicóloga, é a motivação. “Normalmente, o que caracteriza um workaholic é ter o trabalho como objeto de pressão e estresse, elevadas queixas, insegurança e pressões externas, que geram algum tipo de dor. Um worklover geralmente é apaixonado pelo trabalho e qualquer situação leva-o a pensar em oportunidades, mas o excesso, uma hora ou outra também pode levar a altos níveis de estresse, uma vez que os dois são insaciáveis”, completou.

Em contrapartida, Ana Paula explica que apesar da negatividade que as definições possam contemplar, as ações dos profissionais sempre estão baseadas em intenções positivas. “Geralmente, ambos os profissionais são comprometidos com o trabalho, são responsáveis e determinados e estão engajados com as causas da empresa”, disse.

Normalmente, um viciado só percebe que está em relação nociva com o trabalho quando identifica quadros de estresse elevado, depressão, isolamento ou problemas com a saúde e com a família. “O preço a se pagar pelo vício é alto e, nos dois casos, a palavra de ordem é equilíbrio. A sugestão é procurar compensar as tarefas profissionais e pessoais, alternando atividades que tragam ao indivíduo relaxamento e descanso”, finalizou.

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