O nome é sugestivo, mas o marketing viral, na verdade, não está relacionado a uma ameaça tecnológica e sim à velocidade de propagação da informação. E é essa rapidez que vem chamando a atenção de empresas que querem divulgar seu produto e atingir diretamente seu público alvo.
A técnica explora as redes sociais já existentes – tais como boca a boca, web, email, bluetooth, canais de vídeo e de relacionamento, entre outros – para o compartilhamento dos conteúdos, normalmente patrocinados por uma marca. Essa troca permite que a peça seja espalhada por diversos canais, transformando-a em uma “epidemia”.
Em meio a tantas novidades no mundo, a técnica requer criatividade e impacto para chamar a atenção do público. Por isso, as empresas utilizam várias ferramentas como videoclipes, jogos em flash, imagens, textos etc.
De acordo com especialistas em marketing, é preciso tomar cuidado ao apostar nesse tipo de publicidade. Isso porque, é possível despertar o amor e o ódio dos clientes quando uma campanha dessas é dissipada na internet.
Além disso, a tendência é que os virais se tornem clássicos, graças ao número de visualizações, por isso, sejam lembrados para sempre. Esse é o caso, por exemplo, do viral “Perdi meu amor na balada”, campanha da Nokia que começou com um vídeo postado no YouTube. Nela, um jovem supostamente pedia a ajuda das pessoas para encontrar Fernanda, uma garota que conhecera em uma casa noturna de São Paulo.
A história foi intensamente compartilhada em redes sociais por internautas que se comoveram com o rapaz. Um tempo depois, descobriu-se que tudo era uma história inventada pela Nokia para promover um produto. O caso causou descontentamento de muitos internautas e a empresa foi duramente criticada, o que levou a perda de clientes e problemas com órgãos de propaganda.
Já a companhia telefônica Vivo viu suas vendas e popularidade aumentarem após fazer um vídeo viral com um clássico do Legião Urbana. Em menos de 24 horas no ar, o viral ultrapassou a marca de 1,7 milhão de visualizações no YouTube e colocou a operadora nos trending topics do Twitter. A Vivo enfrentou acusações de plágio, no entanto, isso não afetou a imagem da empresa.
Outro exemplo de marketing viral aconteceu na campanha de Barack Obama para a presidência dos EUA, em 2008. O vídeo Yes We Can foi difundido no YouTube e assistido por mais de 20 milhões de pessoas. O slogan ficou famoso e podia ser ouvido a qualquer momento em diversos lugares de todo o mundo.
O Dove Real Beauty Sketches é o viral brasileiro mais assistido de todos os tempos. A campanha leva os consumidores a uma importante reflexão sobre a forma como nos percebemos e como somos percebidos. Emocionante, o vídeo está disponível em 25 diferentes línguas e em 33 canais do YouTube. A campanha acumula prêmios até hoje.