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Mulheres superam homens em 11 das 12 competências de inteligência emocional, diz estudo

Análise comprova que o público feminino possui alta capacidade para ocupar cargos de gestão

Stockphoto.com / Wavebreakmedia Estudos concluem que empresas devem apostar mais em mulheres para cargos de liderança.

A inteligência emocional tem sido uma das habilidades mais procuradas pelos selecionadores na hora de contratar um profissional. Além das experiências anteriores e dos cursos de atualização, o candidato que tem a capacidade de controlar suas emoções diante das mais diferentes situações acaba sendo mais procurado pelas empresas.

E por falar no assunto, uma pesquisa revelou que as mulheres superam os homens em 11 das 12 competências de inteligência emocional. O professor Richard E. Boyatzis, a consultoria Hay Group e o psicólogo Daniel Goleman, autor da obra “Inteligência Emocional”, usaram como base para o estudo o inventário de Competências Emocionais e Sociais (ESCI, desenvolvido por Goleman).

Para fazer a avaliação foram estudados 55 mil profissionais de todos os níveis hierárquicos de 90 países, entre os anos de 2011 e 2015.

A ferramenta engloba 12 competências emocionais: orientação para o resultado, adaptabilidade, coaching e mentoring, gestão de conflito, empatia, autoconhecimento emocional, liderança inspiradora, influência, entendimento organizacional, otimismo, trabalho em equipe e autocontrole emocional.

Resultados do estudo

O autoconhecimento emocional foi um dos destaques da pesquisa. As mulheres utilizam essa competência de forma 86% mais consistente do que os homens. E a empatia apareceu 45% mais frequentemente nas mulheres do que nos homens.

O público feminino supera os homens também nas competências otimismo, coaching e mentoring, capacidade de influência, liderança inspiradora, gestão de conflito, entendimento organizacional, adaptabilidade, trabalho em equipe e orientação para resultado. Os dois sexos só empatam quando o assunto é controle emocional.

Em matéria publicada no site Hay Group, Boyatzis comenta que, historicamente, no local de trabalho tem havido uma tendência das mulheres se autoavaliarem como menos competentes, enquanto os homens tendem a superestimar suas competências.

“A investigação mostra, no entanto, que a realidade é muitas vezes o oposto. Se mais homens agissem como mulheres ao empregarem suas competências emocionais e sociais, eles seriam substancialmente e distintamente mais eficaz em seu trabalho.”

Dados ressaltam a importância das mulheres nas empresas

Daniel Goleman acrescentou que os resultados sugerem uma forte necessidade de as empresas apostarem em mais mulheres para os papéis de liderança. “Quando você leva em conta a correlação entre a alta inteligência emocional e os líderes que proporcionam melhores resultados de negócios, há um forte argumento para a equidade de gênero. As organizações precisam encontrar maneiras de identificar mulheres que apresentam fortemente estas competências e capacitá-las.”

A pesquisa defende também que as organizações vêm reconhecendo a importância de desenvolver líderes do sexo feminino. Dessa forma, os homens podem enxergar nesse cenário uma grande oportunidade de aprender com as mulheres sobre como aproveitar melhor as competências emocionais e sociais e, assim, se tornarem líderes mais eficazes. E quando se fala em eficiência, de acordo com o levantamento, significa reter talentos.

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