Muitos são os quesitos observados pelos profissionais antes de dizer sim a uma oportunidade de emprego: horário flexível, benefícios atrativos, plano de carreira, clima organizacional. E outro item que integra a lista de exigências é a existência de regras claras e boa conduta moral.
Este último quesito vem preocupando e muito as empresas, uma vez que a boa imagem no mercado fará com ela atraia bons profissionais e negócios promissores em seu segmento. Essa preocupação em ser transparente nos negócios, ética e alinhada com as regras internas e externas é chamada de compliance.
Essa palavra de ordem cabe a empresas dos mais diferentes portes e vem ganhando cada vez mais espaço, principalmente com a regulamentação da nova lei anticorrupção, em 2015. De acordo com sondagem feita pela Amcham, que, em 2015, criou o Comitê de Compliance e Gestão de Risco, 92% dos 121 empresários abordados estão em busca de capacitação e melhores práticas na área. Tanto que 72% deles disseram que pretendem buscar embasamento no mercado internacional.
Mas o que é compliance?
A palavra compliance, derivada do termo em inglês “comply”, que significa alinhar a empresa de acordo com as regras, tanto internas como externas, de forma que sejam evitadas multas, punições e até escândalos de grandes proporções. As organizações podem ter um departamento ou um profissional para analisar periodicamente se a empresa está cumprindo todas as regras inerentes ao seu negócio. Isso abrange regulamentos internos e legislação.
Um departamento de compliance só tem atuação efetiva quando os diretores e gestores da empresa entendem a sua importância e dão aos demais colabores o devido exemplo. A boa conduta perante o regulamento interno e as leis vigentes servirão para provar a todo o quadro de funcionários e aos stakeholders a preocupação da empresa com a ética, o que torna a relação entre eles mais firme e transparente.
O profissional de compliance
Quem atua na área de compliance não precisa, necessariamente, ser da área jurídica, pelo fato de o departamento tratar de regras e leis. No começo era assim, entretanto, outros setores foram envolvidos no processo ao longo dos anos e a flexibilidade exigida por quem trabalha neste segmento se tornou cada vez maior.
Sendo assim, as mais diferentes profissões já ocuparam cargos na área de compliance, de economista a sociólogo, por conta das inúmeras habilidades exigidas por esse profissional. Além de entender muito bem de legislação, ele deve mostrar bons conhecimentos de finanças, administração e contabilidade.
O profissional que trabalha nessa área precisa não apenas avaliar cuidadosamente a postura da empresa no que diz respeito a leis e regulamentos, mas também desenvolver políticas que mantenham a ética e evitem fraudes e treinar funcionários para que estes fiquem cientes e saibam como cumpri devidamente as regras.