Polêmica é o que define a nova pesquisa divulgada pela Harvard Business Review. O estudo, realizado com mais de 4 mil pessoas, teve uma repercussão negativa ao revelar que há uma grande diferença entre as ambições profissionais de mulheres e homens.
De acordo com o documento, as mulheres possuem mais objetivos que o sexo oposto, mas muitos deles não são focados em poder. Além disso, elas não desejam tanto a superiodade profissional, já que esperam mais reações e consequências negativas ao atingir um cargo de poder.
Enquanto isso, os homens tendem a aceitar com mais vontade uma oportunidade de avanço profissional. Ainda que ambos se achem igualmente capazes de assumir uma posição de liderança, eles querem mais poder do que as mulheres.
Resultado da pesquisa gera discussão
O estudo chegou a ser vaiado durante uma conferência. Apesar de ter sido conduzido por três pesquisadoras da Harvard, Francesca Gino, professora no curso de Administração de Empresas, Caroline Wilmuth, especialista em Comportamento Organizacional pela universidade, e Alison Wood Brooks, professora assistente também em Administração, ele não foi bem aceito, principalmente pelo público feminino.
As pessoas ficaram chateadas por acharem que o estudo defendia o sexismo e sugeria que mulheres não deveriam ser ofertadas com cargos poderosos. No entanto, a equipe afirma que não é isso que elas querem dizer e sim o contrário. Para elas, a ideia é mostrar que existem diversos tipos de poder e que as mulheres conseguem enxergar isso e tem preferências diferentes quando se trata de cargos mais altos.
As pesquisadoras ainda afirmam que, na cultura ocidental, as mulheres querem cada vez mais, mas não necessariamente um cargo de liderança. O objetivo é que as descobertas encoragem homens e mulheres a pensarem mais em seus objetivos e preferências, respeitando um ao outro.
A pesquisa ainda não acabou por completo. Na próxima etapa, a equipe planeja descobrir em que ponto da vida mulheres e homens começam a desenvolver diferentes visões sobre o mercado de trabalho e, até mesmo, quando crianças começam a se diferenciar nesse quesito.