Quem gosta de viajar, negociar, informar e ainda representar o Brasil pode se dar bem como diplomata. A carreira é extremamente versátil, sendo possível trabalhar com temas políticos, comerciais, ambientais, consulares, humanitários, culturais e de desarmamento, entre outros. Porém, para ingressar, é necessário ser aprovado no concurso para diplomacia.
O último processo seletivo ocorreu em 2013 e selecionou 30 candidatos. O concurso é aberto a todos que possuem ensino superior e a remuneração inicial é em média de R$ 13.623,19.
Neste ano, está previsto para o primeiro semestre a abertura do edital para escolha de novos representantes da diplomacia brasileira, sendo a Cespe/UnB escolhida como organizadora do concurso.
Ao todo, a seleção possui quatro fases, de caráter eliminatório e classificatório, que exige muito estudo. A primeira fase é composta por questões sobre língua portuguesa e inglesa, política internacional, história mundial, noções de direito e direito internacional público, noções de economia, história do Brasil e geografia. Na segunda fase há prova escrita de língua portuguesa, enquanto que na terceira, os candidatos são submetidos a provas escritas sobre história do Brasil, geografia, política internacional, língua inglesa, noções de economia e noções de direito internacional público. Já a quarta fase contém provas escritas de língua espanhola e língua francesa.
Os aprovados em todas as etapas são então submetidos a um Curso de Formação profissional, que dura de três e quatro semestres, – etapa inicial e obrigatória da carreira. Assim, o diplomata pode atuar no Brasil no exterior.
No país, o trabalho se dá em Brasília (Ministério das Relações Exteriores – MRE) ou em um dos escritórios de representação regional do Itamaraty (Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Belo Horizonte, Manaus, Recife).
Já no exterior, é possível atuar em embaixadas, consulados ou missões junto a organismos internacionais. Nesses casos, o diplomata possui triplas funções: representação (do Brasil junto ao governo do país ou organização onde trabalha), informação (processada no local onde está e dirigida ao MRE em Brasília) e negociação (direta com o país, ou nas reuniões decisórias dos órgãos pertinentes).
Normalmente, os diplomatas mudam de país a cada 2 ou 3 anos. Sendo que há um sistema de rotação entre postos, que combina as preferências pessoais e profissionais de cada diplomata com as necessidades políticas e administrativas do Itamaraty – Ministério das Relações Exteriores.