Excesso de peso, ansiedade, hipertensão e colesterol alto são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos executivos brasileiros – e por uma grande parte da população. Um levantamento realizado pela Omint, líder em planos de saúde de alto padrão, revelou que entre julho de 2014 e julho de 2015 o percentual de líderes com problemas de saúde aumentou.
A pesquisa, desenvolvida e aplicada pelo Núcleo de Saúde e Prevenção da Omint, o NUSP, avaliou 1021 profissionais entre média gerência e o alto escalão de várias das maiores empresas do país. Foram levantadas as 15 principais doenças que mais afetam estes profissionais, sendo que 12 delas registraram aumento.
Outro dado relevante e que chamou a atenção é o percentual de executivos com Risco Cardiovascular Aumentado (RCA), condição na qual o paciente apresenta sintoma de duas doenças crônicas importantes, como diabetes, colesterol alto ou hipertensão arterial. Atualmente, 9% dos executivos apresentam essa condição, enquanto que no ano passado esse total era de 7%.
Executivos são vítimas de problemas respiratórios
Dentre as doenças, a rinite é a que mais afeta os executivos no país, 32% do total. O ar condicionado é o principal causador do problema, já que a qualidade do ar nas empresas fica muito aquém da desejável. Pelo mesmo motivo, juntamente com o uso de carpetes, a alergia de pele se encontra em segundo lugar.
Em terceiro lugar aparece o excesso de peso, que atinge 20% dos profissionais. A alimentação desequilibrada e as longas jornadas, que não abrem espaço para a realização de atividades físicas, não permitem que os líderes mantenham a forma. Em seguida, dores no pescoço e ombros e problemas oftalmológicos complementam a lista dos cinco principais problemas de saúde entre os executivos, com incidência em 19% e 18,5%, respectivamente.
Vale destacar, ainda, que a ansiedade, considerada pela psiquiatria como mal do século 21, atinge 18% dos profissionais avaliados pela Omint, ocupando o sexto lugar. O ranking conta ainda com enxaqueca, asma, depressão, insônia e pressão alta, não necessariamente nessa ordem.
Além das doenças, são avaliados os hábitos não saudáveis destes profissionais, a fim de justificar e identificar o motivo do aumento de doenças. Enquanto em 2014, 97% revelaram que mantinham alimentação não equilibrada no dia a dia, neste ano o número caiu para 92,8%.
O sedentarismo, por sua vez, apresentou uma piora, atingindo 45% dos entrevistados, contra 41,7% no ano anterior. Apesar dos dados alarmantes e do desgaste cada vez maior no ambiente de trabalho, o percentual de executivos estressados se manteve estável, assim como de fumantes: 33% e 11%, respectivamente.