Aumento de oferta de crédito e crescimento econômico são os principais motores que fazem com que o mercado imobiliário se expanda. Nos últimos anos houve um reajuste desse mercado no cenário brasileiro e isso se reflete na situação atual. Estamos saindo da fase de um aumento significativo de preços e alta oferta de empreendimentos, para uma tendência à normalização de valores.
Os níveis atuais de preço no mercado imobiliário não condizem com a evolução da renda, conforme apontam os especialistas. Isso assinala um excesso de valorização nos preços de imóveis, mas não chega a ser uma bolha, como outros sugerem. Eles apontam que isso mostra um mercado estagnado por muito tempo, associado a diversos fatores, como o crescimento da renda da população e o déficit habitacional.
Dessa forma, muitos acreditam que esse “boom” do mercado imobiliário brasileiro já esteja passando e com isso os preços tendem a se reajustar. A possível bolha não vai estourar, pois ela sempre se caracteriza por preços muito elevados em relação à capacidade de pagamento das pessoas, no entanto a tendência dos preços agora é se ajustarem para baixo diante de uma maior oferta de imóveis.
O estouro da bolha, por assim dizer, é sempre uma súbita ruptura na oferta de crédito, normalmente associada à forte elevação do custo desse crédito. No Brasil, atualmente acontece exatamente o contrário. O crédito imobiliário está em expansão e o seu custo em queda.
Tal situação imobiliária tem sua raiz no final de 2009 e começo de 2010, quando algumas construtoras estavam com o caixa cheio em decorrência das ofertas públicas de ações em 2007. Com dinheiro e incentivos do governo, foram realizados muitos lançamentos e com eles vieram os problemas, como aconteceu com algumas construtoras e incorporadoras na primeira metade do ano que viram seus lucros caírem. Por enquanto, o Índice Imobiliário (IMOB) tem o pior desempenho entre os índices setoriais da Bovespa em 2013.
Mesmo assim, as vendas têm sido fortes esse ano e algumas construtoras têm voltado a crescer, pois o crédito imobiliário tem sido um foco de crescimento dos bancos. Para as construtoras, a questão é analisar sua situação e entender até onde pode crescer. Já o consumidor, tem de fazer uma boa pesquisa, porque hoje o momento é dele, que pode encontrar boas ofertas nos imóveis.