Foi no início do século 20 que o termo “Investidor Anjo” apareceu pela primeira vez no mundo dos negócios. Originalmente denominado Angel Investor ou Business Angel, o termo era utilizado para designar os investidores que bancavam os custos de produção das peças da Broadway. Eles assumiam todos os riscos e obtinham um retorno financeiro.
Com o tempo, o conceito mudou e era utilizado para definir o investimento efetuado por pessoas físicas, em empresas iniciantes – chamadas startups –, fornecendo não somente capital financeiro, mas também intelectual, apoiando o empreendedor com sua experiência e conhecimento.
Em troca, o investidor anjo recebe uma participação societária minoritária no negócio, mas não assume posição executiva na empresa, atuando apenas como um conselheiro responsável por orientar os empreendedores e participar das decisões estratégicas da empresa, aumentando muito as chances de sucesso, bem como acelerando seu desenvolvimento.
Normalmente, o investimento anjo em uma empresa é realizado por um grupo de 2 a 5 investidores. Isso porque, toda aplicação financeira gera riscos e esta é uma forma para diluição dos mesmos. Além disso, é também uma maneira de dividir a dedicação ao projeto e as tarefas – visto que um investidor anjo não atua em apenas uma empresa. O investimento total por empresa varia entre R$ 200 mil a R$ 500 mil, podendo chegar até R$ 1 milhão.
Para conseguir esse tipo de investidor, os empreendedores precisam conquistá-lo e provar que sua ideia vale a pena. Afinal, ele não está fazendo uma atividade filantrópica ou com fins sociais, mas sim investindo o dinheiro em algo que ele precisa que dê lucro.
Agora que você já sabe o que é um investidor anjo, confira algumas dicas de como conquistar um para a sua startup:
• Elevator Pitch: em apenas 3 minutos, você deve vender a sua ideia de forma clara e concisa. Por ser uma apresentação curta, concentre-se no que é essencial ao seu negócio, aquilo que irá chamar a atenção do investidor. Entre os principais temas a serem apresentados, estão: o mercado-alvo e o problema; a solução (como o produto/serviço atenderá a necessidade); a inovação; o potencial.
• Sumário Executivo: coloque as informações básicas do modelo do negócio e da empresa, incluindo seus sócios e equipe em 1 ou 2 páginas. O sumário executivo pode ser enviado para os investidores como material complementar;
• Crie e apresente o seu modelo de negócio: faça em 20 slides, no máximo, uma apresentação detalhada sobre o seu modelo de negócios e seu plano.
No Brasil
Com o aumento da atividade de investidores anjos no Brasil, o país já conta com uma associação voltada para esses profissionais. A Anjos do Brasil visa fomentar o crescimento desse tipo de investimento, como forma de apoio ao empreendedorismo de inovação. A organização também permite o compartilhamento de conhecimentos, experiências e oportunidades de negócios, tanto para investidores quando para empreendedores.