A princípio pode parecer estranho, mas o famoso sanduiche Big Mac é utilizado para medir o valor das moedas em todo o mundo. O intitulado Índice Big Mac foi criado, em 1986, pela revista britânica “The Economist” para explicar um conceito econômico chamado paridade de poder de consumo (PPP), o conceito de que um dólar deveria comprar a mesma quantidade de um país para o outro.
Se houvesse paridade, o preço de um produto – nesse caso um Big Mac, que é feito com os mesmos ingredientes em quase todos os lugares pesquisados – deveria ser o mesmo em todo o mundo.
Hoje nos Estados Unidos, o sanduíche da rede de fast food McDonald’s custa US$ 4,37. Esse valor é usado como base pelos pesquisadores. Se um sanduíche em determinado país é mais caro do que esse valor, a moeda está valorizada em relação ao dólar. Caso contrário, se o sanduíche for mais barato do que nos EUA, a moeda está desvalorizada.
O ranking lista o preço do sanduíche em 48 países e zona do euro, para comparar a valorização de diferentes moedas. Neste ano, o Brasil ocupa a quinta colocação no Índice Big Mac. O lanche custa US$ 5,25, o que demonstra uma valorização de 13,6% do real em relação ao dólar.
O primeiro lugar da lista, que indica a moeda mais cara do mundo, é a Noruega, onde o Big Mac tem o valor de US$ 7,80. Na segunda colocação está a Venezuela (US$ 7,15), seguida pela Suíça (US$ 7,14) e Suécia (US$ 6,29).
A pesquisa ainda aponta que o sanduíche é mais barato na Índia, onde o Maharaja Mac (feito com frango porque eles não comem carne bovina) custa US$ 1,54. Já na África do Sul, paga-se US$ 2,16 no Big Mac, enquanto que um chinês compra um sanduíche por US$ 2,57.