Um dos profissionais mais completos do ramo de metalurgia, o ferramenteiro possui conhecimentos em todas as áreas da produção, desde a usinagem até a preparação dos maquinários. Dessa forma, é dele a função de desenvolver e produzir ferramentas e peças de corte, dobras e outras partes de materiais metálicos, bem como projetar e construir qualquer tipo de molde de injeção.
A profissão tem diversas vertentes, tais como a de corte e repuxo e de moldes plásticos. A primeira refere-se a fabricação de estampos de corte, dobra ou repuxo, nos quais serão utilizados como ferramentas para a conformação de chapas de aço, cobre, latão e demais materiais metálicos.
Já o ferramenteiro de moldes plásticos tem como foco a fabricação de moldes para a formação de plásticos e suas resinas.
Para seguir a profissão é preciso, antes de mais nada, que o profissional tenha facilidade em imaginar um produto em 3D, para garantir assertividade na produção. Além disso, a carreira exige formação de nível superior em cursos como o de Tecnólogo de Fabricação Mecânica para Ferramentaria.
Ainda neste contexto, destaca-se um curso do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Intitulado “Ferramenteiro de corte, dobra e repuxo”, o curso tem como objetivo proporcionar ao aprendiz a formação inicial, de modo que ele possa atuar em projeto, planejamento e construção de estampos.
Na grade curricular há matérias como desenho, ciências aplicadas, comunicação oral e escrita, controle dimensional, entre outros. A ideia é colocar o indivíduo no mercado de trabalho para que, posteriormente, ele se qualifique profissionalmente.
Efeitos da globalização
Com a globalização e a introdução de novas tecnologias, a profissão se tornou extinta na atualidade brasileira. Isso explica o baixo salário que, segundo dados de agências de Recursos Humanos, tem o piso de R$ 1.670,00.
Além disso, os problemas econômicos enfrentados pelo setor atualmente também colocam a profissão em risco. Dessa forma, é preciso avaliar se ainda vale a pena investir na carreira.