Era 9 de janeiro de 1793 quando o francês Jean-Pierre Blachard realizou o primeiro vôo de balão da América do Norte. Anteriormente ele já havia voado na Alemanha, Holanda, Bélgica, Suíça, Polônia e Tchecoslováquia. No mesmo dia, mas já no ano de 2006, a Agência Espacial Brasileira (AEB) realizou a Missão Centenário. Os fatos, embora isolados, transformaram a data até então comum, em uma homenagem, dando origem ao Dia do Astronauta.
Pessoas treinadas para viajar pelo espaço, os astronautas quando estão no espaço mantêm os seus hábitos comuns do dia a dia, apenas se adequando ao ambiente. A alimentação, por exemplo, deve ser regrada e normal, mas com alimentos desidratados para que dure o tempo de sua missão no espaço. Para dormir, são utilizados sacos presos as paredes do ônibus espacial, para que não haja risco de os astronautas flutuarem e baterem em algum equipamento ou mesmo em outro tripulante.
O primeiro ser vivo a ir ao espaço foi uma cadela chamada Laika. Já em 1961, o cosmonauta da então União Soviética, Yuri Gagarin, inaugurou uma nova fase na corrida espacial, se tornando o primeiro ser humano a chegar ao espaço.
A corrida espacial polarizou os conflitos da guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética. Para não ficar para trás, em 20 de julho de 1969 uma nave tripulada pousou na Lua. O astronauta Neil Armstrong deu os primeiros passos em solo lunar, eternizando a frase: “este é um pequeno passo para o homem, mas gigantesco salto para a humanidade”.
Muitas outras missões tripuladas foram lançadas ao espaço, mas nem sempre foram bem sucedidas. Em 1971, a nave soviética Soyuz T-11, por exemplo, sofreu com uma despressurização que matou os 3 tripulantes. Já em 1986, a explosão do ônibus espacial Challenger matou outros 7 astronautas.
A vontade de conquistar o espaço continua. A meta da NASA (Agência Espacial Americana) é conquistar o solo marciano nas próximas décadas. Além disso, atualmente destaca-se a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), uma estação que encontra-se em órbita baixa (entre 340 km e 353 km), o que possibilita ser vista da Terra a olho nu.
O laboratório espacial começou a ser montado em 1998 e acabou oficialmente em 8 de Junho de 2011 na missão STS-135.1. O projeto é o resultado do esforço de 16 países, entre eles o Brasil.
Brasileiro no espaço
Em 2006, o astronauta Marcos Pontes, participou da primeira missão espacial tripulada brasileira, batizada como “Missão Centenário”, em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont.
A tripulação era composta por Pontes, Jeffrey Williams, astronauta estadunidense e o russo Pavel Vinogradov, comandante da missão. Eles seguiram para a Estação Espacial Internacional, levando oito experimentos científicos criados por universidades e centros de pesquisas brasileiros. A missão foi realizada com sucesso e teve duração de 10 dias, sendo dois dias a bordo da nave e oito na ISS.
O que fazer para se tornar um astronauta?
O nível mínimo de estudo de um astronauta, exigido pela NASA, é bacharel em Engenharia, Ciências Biológicas, Ciências Físicas ou Matemática. Além do estudo, a NASA exige experiência de, pelo menos, três anos na área profissional e mil horas para piloto em aviões a jato. Mestrado e doutorado também contam muitos pontos.
Para cidadãos americanos, é preciso passar pelo processo de seleção da NASA. Cidadãos de outros países devem consultar agências nacionais para obter informações sobre como se tornar um astronauta.
Os candidatos passam por uma rigorosa seleção que inclui exames físicos (visão, pressão arterial, entre outros) e entrevistas psicológicas. Aqueles que são qualificados devem, então, realizar a formação básica de 2 anos, em que aprendem sobre a Estação Espacial e voos espaciais e são submetidos a diversos testes – mergulho, sobrevivência na água, exposição a pressões atmosféricas altas e baixas, entre outros.