Aos 40 anos, Gilberto Poleto começou seu próprio negócio. Fundador da Bralyx, uma empresa especializada na fabricação de máquinas produtoras de coxinhas, salgados e confeitaria, o empreendedor hoje, aos 66 anos, fatura cerca de R$ 50 milhões por ano.
Poleto começou sua carreira em bancos e, quando tinha 28 anos, entrou no ramo alimentício como administrador de finanças na CICA, conhecida pela produção de molhos de tomate. Com o passar dos anos, ele trabalhou em outras marcas de alimentos e, junto com a irmã, abriu uma empresa de representação que importava máquinas para a produção de massa fresca e pizza.
A empresa, que na época já se chamava Bralyx, não era a principal fonte de renda de Poleto. Quando perdeu o emprego em razão de uma crise no setor, em 1993, ele resolveu investir de vez no negócio.
“Percebemos que muitas pessoas falavam da necessidade de uma máquina para fabricar salgados. Resolvemos importar da Itália uma máquina que fazia algo parecido e adaptamos para a produção de coxinhas”, afirma Poleto.
A partir de então, a Bralyx passou a focar no pequeno e médio empreendedor, que mostrou ser o principal interessado nas máquinas de salgado. A empresa começou a fabricar máquinas compactas com preços entre R$ 20 mil e R$ 90 mil. “A maior parte dos nossos clientes queria empreender, mas estava em estado inerte porque não tinha condições financeiras para arcar com grandes custos de maquinário. Nosso plano foi fornecer ao produtor de bairro uma oportunidade de aumentar sua produção, tornando-se uma pequena e média fábrica”.
Com o passar dos anos, Poleto diversificou sua empresa e começou a produzir máquinas para diversos tipos de alimentos, como doces e cupcakes. A Bralyx também investiu em uma linha voltada especialmente para o público internacional, com máquinas especializadas na culinária estrangeira, como uma máquina de kibe. Essa internacionalização corresponde hoje a 20% do faturamento da empresa, que já atua em 50 países diferentes.