Sonho de 10 entre 10 brasileiros, controlar as finanças pessoais para ter uma vida mais tranquila é um tema que nunca sai de moda e que vem chamando a atenção de cada vez mais pessoas, principalmente em épocas de crise. Saber poupar é fundamental nos dias de hoje, defende o consultor de finanças pessoais Nélio Costa, “sabemos que a natureza do ser humano é essencialmente imediatista, o que deixa ainda mais improvável que as nossas decisões sejam racionais e focadas no futuro, mas devemos tentar”. Ele complementa, “sabe porque é difícil controlar as finanças pessoais no dia a dia? Pelo mesmo motivo que construir um castelo de cartas é mais difícil que derrubar. O estado natural das coisas é o caos e na vida financeira também é assim”.
Em parceria com executivos do Wally+ (aplicativo que gerencia finanças pessoais e estilo de vida), Costa separou 10 dicas para controlar as finanças pessoais. Confira!
1. Para não faltar e sobrar no final do mês, acompanhe seu dinheiro.
Se você tem um orçamento fixo, ou mesmo consegue traçar uma previsão mensal de ganhos, planeje e acompanhe as principais despesas. Uma boa dica é definir um orçamento mais baixo do que a receita mensal, pois, com isso, é mais provável que sobre dinheiro após 30 dias para lazer ou para urgência.
2. Faça uma lista com as dívidas.
Bancos, amigos, fornecedores, cartões… Liste todas as suas dívidas e tenha mais controle do que, quanto e para quem está devendo. Coloque também em uma planilha o quanto paga de juros e se concentre no pagamento destas dívidas (com mais juros) como prioridade.
3. Valorize seu dinheiro. Gaste com o que realmente interessa.
Se você gosta de viagens, economize mês a mês para conseguir realizar o sonho de conhecer o Brasil ou outro país. Já se prefere aproveitar os finais de tarde, sábados e domingos com os amigos, gaste seu dinheiro indo a bares, restaurantes, shows etc. O importante é ter consciência de que se gastar muito de um jeito, terá que abrir mão de outras coisas. O segredo é planejar e ser feliz.
4. Aguarde um mês antes de comprar uma roupa de grife ou um sapato.
Especialistas de todo o mundo defendem que a compra por impulso é a grande vilã de quem vive com dívidas… E é verdade. Antes de comprar uma camisa da moda ou um sapato que todo mundo está usando, aguarde 30 dias e veja se ainda está com esta vontade toda. Se estiver, deve comprar.
5. Aplicativos no celular podem ser muito úteis.
Substituindo o tradicional caderninho, os aplicativos para celulares permitem uma organização financeira muito mais prática. “Com estes aplicativos, você consegue registrar o gasto rapidamente. Se você gastou dinheiro seis vezes no dia, terá dedicado um minuto do seu dia para ter controle total sobre suas despesas”, defende Nélio Costa.
6. Atenção ao pagar à vista.
Quando for realizar uma compra à vista com valores elevados, como um pacote de viagem, considere se o vendedor está oferecendo um desconto compatível com a inflação (7,7% para 2015). Se estiver, pode comprar à vista. “Do ponto de vista financeiro, não existe parcela sem juros, pois as vendedoras geralmente embutem o preço dos juros no produto e, dificilmente, darão desconto à vista. Neste caso, quem paga à vista perde dinheiro, pois poderia deixar o valor investido e no fim do período teria mais do que inicialmente”, finaliza Nélio.
7. Liquidações valem a pena!
Ficou sabendo que a loja que você sempre vai logo estará em liquidação? Então aguarde as promoções para continuar consumindo lá e evite aquela sensação chata e frustrante de comprar algo e, no dia seguinte, observar que o preço caiu pela metade. Lembre-se: comprar com desconto é sempre uma ótima ideia.
8. Converse com especialistas em finanças.
Entrar em contato com um consultor financeiro pode fazer total diferença na hora de planejar sua vida financeira e na hora de comprar um bem mais valioso, como uma casa ou um carro. Um profissional com experiência e know-how pode indicar as melhores formas de pagamento, consórcios, empréstimos e outras alternativas para realizar seu sonho sem se afogar em dívidas.
9. Parcelas mensais de até 30% da renda.
Sabia que os bancos não permitem que parcelas de um financiamento alto, como de uma casa, ultrapassem 30% da renda do comprador? Esta medida tem lógica, pois assegura que o mesmo conseguirá arcar com as parcelas e não entrará em um ciclo perigoso de dívidas e mais dívidas. Seguindo este exemplo, é uma ótima ideia calcular parcelas de até 1/3 da renda mensal e, com isso, ter uma saúde financeira mais tranquila durante todo o ano.
10. Investimentos e olho na inflação.
Ao investir pouco a pouco, mês a mês, você poderá acumular um patrimônio considerável ao longo dos anos. Porém, é indispensável prestar bastante atenção à variação da inflação para que todo seu esforço não seja em vão.