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Dois em cada três jovens brasileiros querem empreender nos próximos anos

Para mais de 70% dos entrevistados, abrir o próprio negócio equivale à realização de um sonho

© Depositphotos.com / Syda_Productions Jovens entrevistaram herdaram negócio da família ou decidiram investir em algo novo.

Entre as principais motivações que levam os jovens a serem empreendedores estão a realização de um sonho (76,4%), qualidade de vida (75,6%), altos ganhos financeiros (70%), mercado promissor (66,1%) e a possibilidade de não ter chefe (64,5%). Essa foi uma das conclusões tiradas do estudo Jovens Empresários Empreendedores, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Ao entrevistar 5.681 homens e mulheres na faixa etária dos 25 a 35 anos, das classes A B e C, com ensino superior completo ou em andamento, o estudo traçou o perfil de jovens empreendedores em nove cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo. Metade dos consultados já era empreendedor e dois em cada três brasileiros têm interesse em seguir o mesmo caminho nos próximos dois anos.

O estudo concluiu que o empreendedorismo não é a primeira escolha dos brasileiros. Por aqui, 82% dos futuros donos de negócios já tiveram um primeiro emprego formal antes de tomar essa decisão. O cenário diverge de outras cidades. Em Bombaim, por exemplo, a maior parte dos jovens apenas estudava (67%) antes de abrir o próprio negócio e em Londres há mais empreendedores sem emprego formal. Os jovens que se assemelham ao Brasil são Nova York e Berlim.

Estudo identificou tipos de empreendedores

Ao identificar as diferenças de valores e ideologias nas cidades pesquisadas, a pesquisa separou os atuais e futuros empreendedores em quatro grupos distintos:
Sustentáveis: mais casados e com filhos, os empreendedores montaram o próprio negócio, embora também sejam funcionários de empresas. Planejam decisões e são ativos em questões ambientais, sociais e éticas.

Optantes conscientes: mais mulheres e sem filhos, a maioria dos integrantes desse grupo montou o próprio negócio, alguns são funcionários de empresas e outros são herdeiros. Aposta no empreendedorismo porque não vê perspectiva no mercado atual e se considera relativamente ativa em questões sociais e ambientais.

Centrados: mais homens, casados e com filhos, este grupo tem o primeiro negócio e a maioria montou a própria empresa. É focado no presente e planejam muito antes de tomar qualquer decisão.

Inovadores: seguem as mesmas características dos componentes do grupo Centrados, mas estão mais dispostos a arriscar, sem grandes planejamentos. O foco é alcançar estabilidade financeira e crescimento profissional.

Empecilhos para iniciar ou manter a vida de empreendedor

Um bom planejamento financeiro é uma das peças-chave para quem pretende deixar de ser empregado para se tornar empregador. Nesse ponto, somente 18% dos brasileiros recorrem ao financiamento, enquanto 60% afirmaram já ter o dinheiro para investir e 29% captaram os recursos com amigos ou familiares.

Na hora de abrir o próprio negócio, para 67,3% os cenários econômico e político são considerados limitadores para o exercício da atividade. As altas taxas e impostos também funcionam como barreira para 49,7% dos entrevistados. Nas outras cidades, a média de pessoas que apontou este fator como um obstáculo equivale a 37,8%. Somente Madri apresentou um índice maior 53,7%.

Para conferir detalhes do estudo, clique aqui.

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