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Estudo revela que Geração Milênio é otimista e está em busca de trabalhos flexíveis

Jovens entrevistados têm carga horária semanal acima de 40h e alguns 12% pensam em trabalhar até morrer

iStock.com / Rawpixel Ltd No Brasil, 10% da geração y pensa em trabalhar até morrer.

Em 2020 a Geração Y representará mais de um terço da população mundial. Prevendo que essa gama de profissionais já está e estará a todo vapor no mercado de trabalho, o que podemos esperar dela? Essa e outras perguntas foram respondidas no estudo “Carreiras da Geração Milênio: Visão de 2020”, feito pela ManpowerGroup. A pesquisa quantitativa contou com 19 mil representantes da Geração Milênio de 25 países.

Se a crise econômica brasileira, que resultou no fechamento de empresas e aumentou o desemprego, abalou a esperança de parte da população economicamente ativa, o mesmo não aconteceu com a geração Y. Tanto é que 62% deles acreditam que, se perderem sua principal fonte de renda amanhã, poderiam encontrar um trabalho igualmente bom, ou melhor, em três meses. Os jovens mais otimistas são dos países México, China, Suíça e Alemanha.

A aposentadoria é algo que não faz parte dos planos da Geração Y. De acordo com os resultados, 12% deles acham que vão trabalhar até morrer. Os moradores do Japão, China e Grécia preveem trabalhar até o fim da vida. No Brasil os representantes da Geração Milênio que pensam assim correspondem a 10%. E trabalhar até próximo dos 70 anos são os planos de 33% dos jovens entrevistados.

Fim das 8 horas diárias de trabalho

Se as antigas gerações batiam cartão, os jovens, mais precisamente 73% deles, vêm trabalhando mais do que 40 horas semanais. Quase um quarto trabalha mais de 50 horas. É o caso da Índia, onde a jornada de trabalho chega a 52 horas semanais. Em países como Brasil, Estados Unidos e Noruega, a carga horária é de 45 horas semanais. E a Austrália computou a menor jornada de trabalho semanal: 41 horas.

Apesar das intensas jornadas de trabalho e da previsão de se manter ativa até o fim da vida, a Geração Y não dispensa encaixar nessa rotina pausas para relaxar. Mas, de acordo com o estudo, os objetivos dessas pausas são distintos entre homens e mulheres. O público feminino, por exemplo, se afastaria do emprego para cuidar de filhos ou parentes mais velhos, motivos pouco apontados pelos homens. Quando a ideia é se colocar em primeiro lugar – estudar, viajar em lua de mel ou realizar um sonho de vida – as porcentagens de ambos os públicos se equiparam.

O que a Geração Milênio espera de um emprego?

Globalmente, ao buscar uma oportunidade de trabalho, os entrevistados têm cinco prioridades nesta ordem: dinheiro, segurança, férias, grandes pessoas e flexibilidade. No Brasil, o foco para 91% dos jovens é trabalhar com pessoas importantes.

Além disso, quando questionados sobre o conceito de segurança no trabalho, 27% acredita que é apresentar as habilidades que o mercado precisa. E, para isso, estão dispostos a investir o tempo livre em treinamentos. Apenas 7% dos entrevistados alegaram não ter interesse em cursos.

Esse resultado, especificamente, comprova a necessidade das empresas de investirem em seus profissionais mais interessados para manter a qualidade da equipe de trabalho, reter talentos e ganhar destaque no mercado.

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