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Geração Z quer plano de saúde e tem disposição para trabalhar mais

Jovens entre 15 e 20 anos anseiam por benefícios mais tradicionais e salários altos

© Depositphotos.com / andresr Para conseguir salários mais altos, geração Z está disposta a trabalhar mais horas.

A cada geração o mercado de trabalho passa por profundas mudanças, seja por conta dos avanços tecnológicos, seja por causa dos perfis profissionais que as empresas precisavam aprender a reter para melhorar seus lucros. E com a geração Z, com idade entre 15 e 20 anos, e que hoje está no colégio ou nos primeiros anos de faculdade, não será diferente.

Com o objetivo de descobrir o que as empresas podem esperar da geração Z, e que diferenciais ela promete trazer, o site internacional de recrutamento Monster Worldwild fez uma pesquisa em janeiro de 2016 com 2 mil pessoas das gerações Boomer, X, Y e Z. De acordo com os resultados, a geração Z combina valores tradicionais com as expectativas de uma vida fortemente digital.

Para 79% dos entrevistados da geração Z o trabalho vai além de uma ação que tem como consequência garantir as compras do mês, conceito que foi apontado por 69% das gerações mais velhas, principalmente a Y (70%).

Os desejos profissionais da Geração Z

O empreendedorismo está na veia da próxima geração, já que 76% dos integrantes apontaram que serão os proprietários de suas carreiras e de seu progresso profissional. Quase metade dos profissionais da geração Z (49%) quer ter seu próprio negócio. Porém, 67% disseram que topariam mudar os planos por uma boa oportunidade de trabalho e que trabalhariam mais horas e até aos fins de semana por um salário melhor.

Já as gerações anteriores não têm essa ambição: apenas 32% dos demais entrevistados querem ter seus próprios negócios e 41% estariam dispostos a trabalhar à noite e aos fins de semana para ganhar mais.

Outra mudança que pode mexer com o ambiente de trabalho são as táticas para retenção de talentos. Na Geração Z sai a sala de descompressão, com vídeo game, mesa de ping-pong e redes, e se reforçam os benefícios mais tradicionais. O que os futuros profissionais mais querem são plano de saúde (70%), salário competitivo (63%) e um chefe respeitável (61%).

Analisando os resultados, Seth Matheson, diretor de Fusão de Talentos da Monster, avaliou: “Os empregadores precisam expandir seu foco para além da geração Y e promover um ambiente de trabalho que possa manter os funcionários da Geração Z felizes e motivados.”

Tecnologia a favor das empresas

A Geração Z conta com a tecnologia a seu favor desde o nascimento, por isso estarão em busca de empresas que enxerguem esse recurso como uma grande aliada. Sobre este assunto os entrevistados da geração Z defendem que a tecnologia lhes permite ser mais produtivos (57%) e móveis (45%). Para 39% dos integrantes da geração Z os smartphones são essenciais e 37% confiam em laptops.

A tecnologia também poderá ajudar as empresas a fomentarem seu employer branding, atraindo ainda mais os profissionais que futuramente farão parte dos seus quadros de colaboradores. Através de canais como mídias sociais, por exemplo, os empregadores conseguirão difundir com mais precisão quem são, quais seus objetivos e que os tornam únicos. “A chave para atrair e envolver a geração Z durante toda a jornada do candidato será apresentar uma marca forte e consistente no mundo digital”, avalia Matheson.

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