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Por que algumas empresas não conseguem reter os bons profissionais?

Às vezes sem perceber as empresas adotam práticas que acabam afugentando os melhores talentos

© Depositphotos.com / alphaspirit Quando os melhores funcionários começam a sair, é preciso avaliar o que está ocorrendo.

Manter os bons profissionais por muito tempo é um desafio para qualquer empresa. Além das mudanças ocorridas no mercado de trabalho – afinal de contas a longa carreira na mesma organização hoje deu lugar à alta rotatividade – as próprias empresas às vezes cometem erros que vão minando o engajamento dos colaboradores e motivando-os a procurar novas oportunidades.

Travis Bradberry, coautor do best-seller Inteligência Emocional 2.0 e fundador da Talent Smart, empresa que aplica testes de inteligência emocional, quando as empresas erram, os melhores profissionais são os primeiros a sair. “A maioria dos erros que as empresas fazem são facilmente evitados”, garante.

E como parar de errar? Primeiramente é preciso que empresas e gestores identifiquem o que estão fazendo. Em coluna escrita para a Forbes, Travis enumerou as oito práticas mais criminosos e que devem ser abolidas se a meta for reter talentos.

Regras estúpidas

As empresas precisam ter regras, mas elas não podem ser tentativas míopes e preguiçosas de criar ordem. Regras desnecessárias podem enlouquecer as pessoas. E quando bons funcionários se sentem como se estivesses em um big brother, vão encontrar outro lugar para trabalhar.

Tratar todos de maneira igual

Embora essa tática funcione com as crianças de escola, o local de trabalho deve funcionar de forma diferente. Tratar a todos igualmente transmite a mensagem de que os desempenhos, por melhores que sejam, não importam, pois os funcionários serão tratados da mesma forma.

Tolerar mau desempenho

Quando uma empresa aceita profissionais fracos sem avaliar as consequências, eles arrastam todo mundo para baixo, especialmente os profissionais com os melhores desempenhos.

Não reconhecer realizações

Todo mundo gosta de elogios, principalmente aqueles que trabalham duro e dão o seu máximo. Reconhecimentos individuais mostram que a empresa e o gestor estão prestando atenção. Os gerentes precisam se comunicar com seus colaboradores para descobrir o que fazem com que eles se sintam bem (para alguns é um aumento, para outros é o reconhecimento público). Em seguida, recompensá-los por um trabalho bem feito.

Não se preocupar com as pessoas

Mais de metade das pessoas deixam seus empregos por causa de seu relacionamento com o chefe. As empresas inteligentes têm certeza de que seus gerentes sabem como equilibrar os lados profissional e humano. Estes são os chefes que celebram sucessos de seus funcionários, têm empatia com aqueles que atravessam tempos difíceis e desafiam seus colaboradores mesmo quando isso dói. Chefes que não conseguem realmente se preocupam sempre terão altas taxas de rotatividade. É impossível trabalhar para alguém por oito mais horas por dia, quando este não está pessoalmente envolvido e não se preocupa com nada além de si mesmo.

Não mostrar às pessoas o projeto completo

Pode parecer eficiente simplesmente entregar aos funcionários as suas atribuições e seguir em frente, deixando de fora o projeto como um todo. Todo trabalho precisa ter um propósito. Quando os colaboradores não sabem o que é isso, eles se sentem alienados e sem rumo. Sendo assim, quando não lhes é dado um propósito, eles encontrar isso em outro lugar.

Não deixa as pessoas buscarem suas paixões

A Google determina que os funcionários gastem pelo menos 20% do seu tempo fazendo “o que eles acreditam que irá beneficiar a empresa”. Enquanto estes projetos geram grandes contribuições para os produtos do Google, como Gmail e Google AdSense, seu maior impacto mesmo é na criação de colaboradores altamente engajados, talentosos e apaixonados. Proporcionar oportunidades para eles perseguirem suas paixões traz melhoria na sua satisfação e na produtividade, mas muitos gerentes querem que as pessoas trabalhem dentro de uma caixa, temendo que essa busca diminua a produtividade. Este medo é infundado. Estudos têm mostrado que pessoas que são capazes de perseguir suas paixões no trabalho possuem um estado eufórico de espírito que é cinco vezes mais produtivo do que o normal.

Não fazem as coisas divertidas

Se as pessoas não estão se divertindo no trabalho, então você está fazendo errado. As pessoas não dão tudo se eles não estão se divertindo, e diversão é um grande protetor contra a queda de energia. As melhores empresas para se trabalhar sabem a importância de deixar os funcionários afrouxarem um pouco. A Google, por exemplo, faz praticamente tudo o que puder para divertir os colabores, com boliche e aulas de fitness, para citar alguns exemplos. A ideia é simples: se o trabalho é divertido, você não só vai ter um melhor desempenho, mas você vai esticar suas horas de trabalho e sua carreira.

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