O Mercado Paralelo (também conhecido pela expressão em inglês, Grey Market), consiste na comercialização de produtos originais por canais de distribuição legais, mas não oficiais, e que podem ser autorizados ou não pelos fabricantes.
Um exemplo comum que ilustra essa prática é a sacoleira ou “personal shopper”. Ela pode comprar peças autênticas de uma determinada marca em um distribuidor, como em Miami, e revender numa multimarca no Brasil ou mesmo para as amigas que encomendam. Apesar dos impostos pagos, não há autorização da matriz para esse tipo de venda.
Nesse contexto, as empresas estão bem preocupadas porque essas importações paralelas estão sustentando não só lojinhas, mas “e-commerces” e outlets, em especial dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Com isso, há a criação de uma concorrência interna nos próprios mercados em que se instalaram recentemente.
Mercado Paralelo X Pirataria
Muitos podem confundir o mercado paralelo com a pirataria, porém são duas situações distintas e com diferentes padrões de procedimento. O único objetivo em comum é concorrer com o varejo pela oferta de produtos iguais e mais baratos.
Dessa forma, a pirataria é uma prática ilícita em que os produtos idênticos aos originais são comercializados sem autorização de quem os idealizou. Já os produtos falsificados, por sua vez, são aparentemente iguais aos originais, porém, com atributos que os diferenciam.
Hoje, a moda é considerada um dos maiores segmentos da pirataria porque é fácil copiar roupas, calçados e acessórios. E é até mais simples vendê-las, porque as empresas já fizeram toda a publicidade necessária.
Segundo a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), a pirataria se tornou o crime mais lucrativo do mundo. O III Relatório de Atividades CNCP (Conselho Nacional de Combate a Pirataria) relata que essa prática movimenta anualmente US$ 522 bilhões, contra US$ 360 bilhões do tráfico de drogas.
Somente no Brasil, em 2012, foram gastos R$ 23,8 bilhões em produtos piratas. O levantamento, produzido pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP), indica ainda que São Paulo é o polo nacional de perfumes, brinquedos, softwares e relógios falsificados.