Os hábitos são formados por uma sequência de ações repetitivas, que acabam sendo realizadas sem esforço mental. O corpo e a mente ficam no “piloto automático”, gastando o mínimo possível da energia cerebral para fazerem as tarefas. Esse condicionamento é importante para muitas coisas, mas também pode trazer acomodação e uma grande dificuldade de se adaptar às mudanças.
Assim como um computador, o cérebro pode ser reprogramado para combater vícios em diversas áreas, criando formas de agir que são mais eficazes e produtivas para o dia a dia. Baseado nessa perspectiva, foi criada a teoria dos 21 dias, que faz referência ao tempo considerado necessário para que haja uma mudança radical nos hábitos mentais.
Como foi criada a teoria dos 21 dias?
O cirurgião plástico Maxwell Maltz identificou um padrão entre seus pacientes amputados. Assim que eram operados, os pacientes agiam como se ainda tivessem o membro retirado, sentido dores e as mesmas sensações que antes. Esse procedimento permanecia por uma média de 21 dias, até que o cérebro entendesse que o membro não estava mais lá e se readaptasse a essa nova realidade.
Com essa observação, Dr. Maltz entendeu que o cérebro precisa de prazos para mudar de hábitos de uma forma saudável — o que pode até mesmo ultrapassar a média de 21 dias, quando o hábito é muito difícil de ser modificado.
Na prática, quando se inicia num novo trabalho, é preciso de um tempo mínimo para deixar o cérebro condicionado a acordar na hora certa e seguir o caminho mais rápido para chegar na empresa. Com a repetição, a tendência é que tudo se torne automático e muito mais tranquilo de ser realizado.
Ao mesmo tempo em que a rotina pode ajudar o indivíduo a não se atrasar, porém, ela também pode se refletir nas atitudes. Isso porque, quando um profissional está sempre fazendo o mesmo tipo de trabalho, ele acaba se acomodando em realizar suas tarefas. A tendência, então, é que ele execute tudo de forma rápida e com qualidade, sem precisar se desgastar, mas também sem inovar e crescer.
Como transformar prosperidade financeira em hábito?
Lidar com finanças pode apavorar muita gente, especialmente aqueles que não conseguem controlar suas próprias contas e recebimentos. Com ajuda da teoria dos 21 dias, porém, qualquer pessoa pode conseguir hábitos que levem a uma vida financeira saudável e próspera, bastando seguir um condicionamento cerebral para que isso aconteça.
Tudo começa com a forma como se pensa em dinheiro, afinal um pensamento negativo consegue se propagar mentalmente e se tornar uma realidade. O ciclo indica que as crenças se transformam em pensamentos, que se tornam palavras — que viram ações e, consequentemente, hábitos. Logo, um padrão comportamental surge a partir das crenças das quais o ser humano se identifica.
Na prática, faça sempre um planejamento diário e antecipado com suas tarefas do dia, listando sempre as prioridades e tudo o que é essencial a ser realizado. Mas é preciso fazer com que as atividades definidas sejam concretizadas durante o dia, inicialmente com a prioridade do dia. Cada vez que completar uma tarefa o cérebro entende como uma vitória pelo recebimento de endorfina.
Atitudes simples de condicionamento mental que priorizam o otimismo e a prosperidade são o foco, se tornam hábitos que proporcionam aproveitar as boas oportunidades e uma forma mais saudável de lidar com as finanças.