Antônio Carlos da Silva, Contador.
Antônio Carlos da Silva, 59, atua na área contábil há mais de 40 anos. Ao longo dessas décadas, cursos de formação técnica, superior e especialização foram constantes na vida do profissional, responsável pelo controle do movimento financeiro de empresas, pela apuração de impostos e de taxas referentes, consultorias, auditorias e balanços.
Com tantas atribuições, o contabilista contemporâneo precisa ser arrojado e dinâmico, preparado para as constantes mudanças na legislação e na gestão das empresas. Não basta gostar de números, é preciso ter pensamento crítico para encarar as necessidades dos diferentes clientes e organização. “O grande problema são os prazos para cumprimento das obrigações fiscais, ao longo de todo ano, mas principalmente nos primeiros meses”, conta Antônio Carlos.
Todas as empresas, sejam de grande ou pequeno porte, necessitam de contabilistas, pois este profissional é responsável pela saúde financeira de grandes ou pequenos negócios, e pelo enquadramento e cumprimento da legislação tributária. Mas quem deseja seguir carreira, precisa saber que vai encarar um mercado competitivo: mais de 32 mil pessoas ingressaram nos cursos de formação superior em Ciências Contábeis em 2012, segundo o último censo da Educação Superior encomendado pelo Ministério da Educação.
O curso técnico contábil dura em média dois anos e a graduação quatro, mas é preciso ir além. Entre as qualificações exigidas, o conhecimento de línguas estrangeiras e domínio matemático e de informática são imprescindíveis, principalmente após a adoção de um padrão internacional de normas contábeis no Brasil. “[ao longo da carreira] fiz outros diversos cursos livres, principalmente de atualização sobre novas regras/questões tributárias”, exemplifica Antônio Carlos.
Enquanto um estagiário tem rendimentos de cerca de R$ 800, o recém-formado deve receber, no mínimo, R$ 1.652, segundo a convenção coletiva aprovada pelo Sindicato dos Contabilistas de São Paulo. Já o profissional que chega a gerente de contabilidade pode ter um ganho médio de R$ 8 mil, informa a pesquisa salarial da consultoria Catho Online (veja a tabela completa no final da matéria).
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Quem define as normas, cargos e atribuições deste profissional são os Conselhos Regional e Federal de Contabilidade, bastante atuantes nos últimos anos. “Na minha opinião, houve melhorias, mas não espontaneamente por parte dos órgãos legisladores e sim através de movimentos das classes que foram tomando maior consciência das próprias necessidades e da sua importância dentro da logística geradora dos bons resultados alcançados pelas empresas”, opina o contabilista.
Para exercer a profissão é preciso ainda estar inscrito nesses conselhos. Aí sim, o profissional poderá trabalhar tanto em empresas prestadoras de serviços, como de forma autônoma. Nos dois casos, Antônio Carlos dá a receita para uma boa colocação no mercado: “Muito comprometimento e atuação participativa na gerencia dos negócios, seja como trabalhador ou empreendedor”.
Médias salariais por cargo exercido com formação técnica ou superior (Catho Online):
Estagiário de Contabilidade: R$ 829,37
Tesoureiro: R$ 1.651,76
Classificador Contábil: R$ 1.305,78
Assistente de Contabilidade: R$ 1.668,59
Trainee de Contabilidade: R$ 1.915,58
Técnico em Contabilidade: R$ 1.974,22
Analista de Contabilidade Júnior: R$ 2.234,76
Analista de Contabilidade Pleno: R$ 2.818,17
Analista de Contabilidade Sênior: R$ 3.750,51
Contador: R$ 3.982,91
Supervisor de Contabilidade: R$ 4.923,93
Coordenador de Contabilidade: R$ 5.573,12
Gerente de Contabilidade: R$ 8.140,27
Diretor de Contabilidade: R$ 15.455,12
