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Dia da Polícia Militar e Civil: Conheça os caminhos para ingressar na profissão

Veja o depoimento de um Capitão da PM com mais de 22 anos de atuação e entenda mais sobre a carreira de policial

Capitão Sérgio Marques

Capitão Sérgio Marques.

Seja um soldado temporário ou um comandante geral, civil ou militar, o objetivo de quem se torna policial é o mesmo: servir a população, resguardando os direitos do cidadão e preservando a segurança pública. “Eu sempre digo que ser policial militar não é uma profissão, é um sacerdócio”, aponta o Capitão da PM de São Paulo, Sérgio Marques.

O PM iniciou a carreira pela academia do Barro Branco, uma das mais prestigiadas instituições de formação de oficiais militares, cujo ingresso é o mais concorrido do país. Em 2013 o concurso teve concorrência de 92,9 candidatos por vaga, superando os vestibulares de medicina na USP (58,57 candidatos por vaga) e engenharia na Faculdade de São Carlos (50,85 candidatos para cada oportunidade).

É na Academia do Barro Branco que se formam os aspirantes a oficiais, que ao longo do tempo podem alcançar o título máximo de Coronel, passando primeiro pelas patentes de Tenente, Capitão, Major e Tenente-Coronel.

Na área militar, há ainda o concurso público anual para ingresso na Escola Superior de Soldados. Os formados nessas instituições recebem a patente de Soldado de 2ª classe da PM, e podem chegar ao grau máximo dos praças, no cargo de Subtenente.

“A possibilidade de servir às pessoas indistintamente proporciona muita satisfação. Observar os números, as estatísticas divulgadas pela SSP [Secretaria de Segurança Pública] mensalmente, os casos solucionados pela PM e a realização de serviços, são alguns dos fatores mais gratificantes”, orgulha-se Marques.

“O programa de ensino conta com técnicas de abordagem policial, como o Método Giraldi e de polícia comunitária”, conta o Capitão, que se orgulha do prestígio das escolas de soldados de São Paulo: “Muitos PMs que prestam serviço no Rio de Janeiro vêm se formar aqui em São Paulo. As UPP’s tem um sotaque paulista”, exemplifica.

Quem deseja atuar na Polícia Civil também deve prestar concurso público, dividido comumente entre os cargos de escrivão, perito (criminal e papiloscopista), investigador, legista e delegado. Nesse caso, é preciso ter curso superior em áreas específicas e a atuação é mais discreta. Estes profissionais se empenham mais na área investigativa e administrativa do Estado, mas o concurso é tão concorrido quanto o da PM.

Polícia Civil

Foto: asspm

Em todos os casos, a carreira policial exige autocontrole, disciplina e muita coragem. Marques indica a principal característica deste profissional: “Paciência para lidar com todos ao ser chamado num momento de desespero”.

Os policiais, sejam civis ou militares, são responsáveis pelo atendimento ao cidadão em risco, apreensões, prisões, zeladoria do patrimônio público, patrulhamento em diversas áreas e pela segurança dos estabelecimentos penais do Estado. Entre outras atribuições, também são os policiais que interveem em ocasiões de risco eminente e em conflitos armados, colocando a sua própria vida em risco em prol da segurança pública.

Para o Capitão, porém, o mais difícil é fazer a sociedade compreender a importância da atuação da polícia. Entre as dificuldades ele cita a pressão ideológica que existe no Brasil, que segundo o oficial “tende a inverter o certo e o errado”.

Ainda assim, há momentos compensadores. “A possibilidade de servir às pessoas indistintamente proporciona a maior satisfação. Observar os números, as estatísticas divulgadas pela SSP [Secretaria de Segurança Pública] mensalmente, os casos solucionados pela PM e a realização de serviços, são alguns dos fatores mais gratificantes”, orgulha-se Marques.

O salário médio de um policial depende do local da atuação e da patente que recebe. “Não há dúvida. O policial não será milionário, mas terá uma vida digna. É muito interessante como a carreira se desenvolve, socorrer as pessoas em situação de fragilidade”, considera o Capitão Marques.

Entre os praças, o salário inicial de soldado varia de R$ 801 em Roraima (estado com menor remuneração) a R$ 4,7 mil no Distrito Federal, onde há a maior remuneração nacional. Em São Paulo, o acerto mensal de soldado é de R$ 2.663,50.

oficiais formados pela Academia do Barro Branco

Oficiais formados pela Academia do Barro Branco.
Foto: Luiz Carlos Leite

Já oficiais formados pela Academia do Barro Branco iniciam o curso ganhando em torno de R$ 2,5 mil. O salário aumenta a cada ano de curso, chegando R$ 5.526,68 para o cargo inicial de 2º Tenente, informava o edital de concurso em 2013.

Quem atua na polícia civil pode ganhar em torno de R$ 3,3 mil como escrivão e R$ 8.252,59 no cargo de delegado. Os valores foram divulgados nos últimos concursos públicos abertos no Estado de São Paulo.


Requisitos para ingresso na Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB) – Formação de oficiais:

• Ensino médio completo;

• Ser brasileiro;

• Ter entre 18 e 26 anos;

• Estar em dia com as obrigações eleitorais;

• Estar em dia com o serviço militar;

• Não possuir antecedentes criminais;

• Os homens devem ter no mínimo 1,65 m de altura;

• As mulheres devem ter no mínimo 1,60 m de altura.

Requisitos para ingresso na Escola Superior de Soldados – Formação de praças:

• Ensino médio completo;

• Ser brasileiro;

• Ter entre 18 e 26 anos;

• Estar em dia com as obrigações eleitorais;

• Estar em dia com o serviço militar;

• Não possuir antecedentes criminais;

• Os homens devem ter no mínimo 1,65 m de altura;

• As mulheres devem ter no mínimo 1,60 m de altura;

• Ser habilitado nas categorias B, C, D ou E;

• Não ter respondido e não estar respondendo a processo administrativo cujo fundamento possa incompatibilizá-lo com a função policial-militar, se agente público.

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