Existem situações em que uma empresa necessita de um gestor experiente para uma posição sênior, mas por algum motivo (financeiro ou contextual) entende que não é o momento de realizar uma contratação definitiva. Para esses casos, a gestão interina é a solução mais indicada. Ainda pouco conhecida no Brasil, esta modalidade de atuação já é bastante comum em muitos países e conta com adeptos em grandes corporações ao redor do mundo.
O gestor interino tem o desafio de cumprir uma missão de liderança sem estar efetivamente vinculado à empresa. O fato deste tipo de relação de trabalho se estabelecer geralmente em momentos de emergência e/ou insegurança na organização faz com que este coloque em prática habilidades de relação interpessoal e de gestão de pessoas bastante específicas. O elevado grau das dificuldades para que a colaboração seja bem sucedida faz com que gestores com experiência atuem como interinos e sejam altamente valorizados pelo mercado.
Por parte das empresas, o grande cuidado é para manter uma relação se conflitos com este colaborador. Ainda que não seja contratado, em muitos momentos sua posição de autoridade e a amplitude de sua gestão poderão tornar extremamente tênues as características interinas de seu cargo. Para facilitar esta clareza, especialistas em Recursos Humanos indicam que o período de atuação deste tipo de gestor não deve ultrapassar os dezoito meses. Ultrapassado este período, corre-se o risco de criar-se certa dependência do gestor já que ele, naturalmente, irá absorver a cultura da empresa e influenciará outras áreas além da sua.
A relação estabelecida com um gestor interino pode ajudar muitas empresas a se recuperarem em momentos de crise ou mudanças bruscas. Estes profissionais, por sua vez, podem seguir suas jornadas prestando serviços a diferentes organizações, encarando novos desafios e aprendendo novas maneiras de lidar com os transtornos da profissão.