Durante muitos anos ouvimos falar vagamente sobre habilidades portáteis, aquelas que podemos utilizar em diferentes épocas e contextos profissionais, também chamadas de personalidade do indivíduo, de habilidades interpessoais e de temperamento – empatia, liderança, trabalho em equipe, negociação, etc. Depois de décadas de estudo e pesquisas, esse talento humano ganhou o nome de inteligência emocional.
A inteligência emocional é a capacidade de o indivíduo administrar suas emoções a fim de que alcance os seus objetivos. O desenvolvimento sadio da inteligência emocional no trabalho visa um maior controle dos medos, inseguranças e insatisfações das pessoas para obter êxito nas atividades diárias, nos relacionamentos horizontais e verticais e na melhoria e harmonia do ambiente de trabalho, tornando-o produtivo em ideias e resultados.
Por natureza o homem tende a realizar ações guiadas por suas emoções, e no âmbito profissional essa não é a atitude ideal. Na verdade, o ideal seria manter um equilíbrio entre razão e emoção, buscar atitudes sensatas, prudentes, sábias e atingir melhores estratégias através da tranquilidade e discernimento na tomada de decisão.
De acordo com diversos estudos realizados para entender a inteligência emocional do homem, encontram-se quatro pilares básicos que a definem: a capacidade de perceber, avaliar e expressar corretamente uma emoção; a capacidade de encontrar sentimentos que nos ajudam a compreender as atitudes de outras pessoas e as nossas próprias atitudes; a capacidade de entender as emoções que sentimos e compreender quais conhecimentos conseguimos adquirir ao vivenciarmos estas emoções; e a capacidade de controlar as próprias emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.
O indivíduo pode ampliar a sua rede de relacionamentos e seu aprendizado se souber agir emocionalmente e com inteligência no trabalho; se souber administrar essa competência, torna-se visionário porque saberá negociar, ouvir seus subordinados e seus líderes e desenvolver uma intuição mais aguçada. Entretanto do mesmo modo que o uso equilibrado das emoções no trabalho pode trazer resultados rápidos e eficazes, o mau uso pode acarretar na perda de pessoas nas organizações e prejuízos financeiros, já que as emoções podem influenciar raciocínios.