Todas as energias despendidas com a ativação de networking e encaminhamento de currículos surtiram efeito: aquela empresa para a qual você quer colaborar acaba de informar que tem interesse em conhecê-lo melhor e fez o convite para uma entrevista. Claro que vale a pena comemorar – afinal, ter o currículo selecionado em meio a tantos outros é, sem dúvida, uma conquista. Mas é também necessário prestar atenção a alguns fatores que juntos, são importantes para que a fase da entrevista seja apenas mais uma etapa em direção à ambicionada vaga.
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A primeira dica é compreender que, assim como qualquer outra ocasião importante, uma entrevista de emprego exige algumas atitudes preparatórias. Reserve algum tempo para familiarizar-se com as atividades da empresa, bem como com sua missão e valores. Estas informações institucionais costumam constar do site da organização. Se tiver a oportunidade, bata um papo com alguém que já trabalhe no local, buscando compreender sua cultura e a atmosfera geral (se é mais séria e rígida ou, ao contrário, mais casual, por exemplo). Estas informações ajudarão ainda na escolha do figurino mais adequado, lembrando que a neutralidade e a discrição são caminhos menos passíveis de erros quando o assunto é a roupa utilizada nas entrevistas.
Obter dados da empresa ajudará na preparação de questões ao entrevistador. Sim, embora a entrevista de emprego a priori seja uma situação de análise do candidato, é também um momento para que este apresente suas questões em relação aos negócios desenvolvidos pela organização, à existência de plano de carreira, etc. É claro, porém, que estas questões devem ser feitas em momentos e contextos oportunos da conversa.
Ainda na fase de preparação, organize documentos como certificados ou portfolio, e demais materiais que acredite serem necessários na hora da entrevista. Não custa levar, também, uma versão impressa do próprio currículo, já que muito provavelmente será ele a conduzir a conversação.
Quando chegar o momento do encontro busque manter a tranquilidade. Alguns fatores de linguagem corporal ajudam a criar uma boa conexão com o entrevistador – como cumprimentar de forma cordial levantando-se da cadeira o olhando nos olhos, fazer um aperto de mão nem muito frágil nem muito agressivo, evitar cruzar os braços durante a conversa já que o gesto pode ser considerado um sinal de desinteresse, entre outros.
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Em relação ao conteúdo, tenha em mente que uma entrevista de emprego é basicamente um diálogo entre duas pessoas, colocando suas necessidades e interesses. Mentir pode acabar trazendo problemas ao entrevistado – não apenas no futuro, mas na própria entrevista, caso o entrevistador perceba a existência de alguma farsa.
Não vale também correr o risco de afirmar domínio em uma língua estrangeira se isso não for verdade. O entrevistador provavelmente irá iniciar uma conversação na língua em questão, deflagrando o entrevistado e criando um desnecessário constrangimento.
De forma geral, as entrevistas se iniciam com algumas questões amplas e partem para perguntas mais específicas sobre a experiência do candidato. Nesta hora, a dica é não apenas citar os trabalhos realizados como contextualizá-los, demonstrando os ganhos obtidos pelas organizações anteriores com a sua atuação. Procure fazer isso com elegância e objetividade, evitando ao máximo gabar-se por estes êxitos. Após este momento, costuma-se dar mais detalhes sobre a vaga, conversa-se sobre como o candidato se encaixaria nela e abre-se um espaço para perguntas.
Finalizada a conversa, caso não tenha existido já ali um posicionamento definitivo, prepare-se também para esperar pela resposta. Por cordialidade e gentileza, é interessante enviar um e-mail antes de qualquer definição, agradecendo a atenção e disponibilidade do entrevistador. Para seu próprio processo de crescimento, busque ainda identificar onde foi bem e que pontos poderia melhorar em uma próxima entrevista.
