O povo brasileiro possui inúmeras virtudes. Não à toa, os gringos que passam por aqui se encantam com nosso país. Infelizmente, apesar das nossas inúmeras qualidades, possuímos alguns defeitos que prejudicam nossa ascensão no cenário internacional. Um dos principais defeitos é que não sabemos cuidar das nossas finanças. E isso se deve, basicamente, porque não nos planejamos financeiramente.
Hoje, você irá aprender em cinco passos simples, como construir um planejamento que irá melhorar de uma vez por todas sua vida financeira.
1) Diagnóstico: Todo planejamento que se preze, deve começar por um diagnóstico. Da mesma forma que um médico só irá receitar um remédio após descobrir a doença do paciente, nós só poderemos melhorar nossa vida financeira após conhecê-la. É para isso que serve o diagnóstico: para descobrirmos como anda a nossa saúde financeira e, a partir daí, definirmos o remédio que devemos tomar.
Para isso, precisamos apenas descobrir três questões básicas: Qual meu patrimônio? Quanto eu ganho? Quanto eu gasto?
O patrimônio, nada mais é do que a riqueza que você acumulou ao longo da sua vida. Se você possui R$ 10 mil na conta e não possui nenhum outro bem e nenhuma outra dívida, esse é seu patrimônio. Já se você possui os mesmos R$ 10 mil e um carro quitado no valor de R$ 30 mil, seu patrimônio é R$ 40 mil – R$ 10 mil da poupança mais R$ 30 mil do carro. Mas imaginemos que o seu carro não está quitado e ainda restam R$ 15 mil em prestações. Nesse caso, seu patrimônio é R$ 25 mil – R$ 40 mil menos R$ 15 mil. Viu como é fácil?
O segundo aspecto que você deve levar em conta é o seu orçamento. Ou seja, quanto você ganha e quanto gasta mensalmente. Esse cálculo é tão simples quanto o anterior, porém, por se tratar de um número maior de informações, precisamos ter cuidado para não esquecer nenhuma delas. Para facilitar sua vida, sugiro que você anote em uma folha todas as suas fontes de renda – já descontando o imposto – e em outra, todas as suas despesas, de preferência, divididas por grupos. Por exemplo, você pode ter o grupo alimentação para anotar tudo que gasta com refeições, quer seja no supermercado ou fora de casa. Pode incluir o grupo transporte para anotar tudo que você gasta para se locomover, quer seja a gasolina do carro, a passagem do ônibus ou a corrida do táxi. E daí por diante.
2) Objetivos: A segunda etapa do planejamento é definir seus objetivos. O diagnóstico te diz onde você está, agora você precisa descobrir aonde quer chegar. Para isso, é necessário definir seus objetivos. Como todos nós temos milhares de objetivos, quando o assunto é dinheiro, sugiro que você divida seus objetivos em curto, médio e longo prazo.
Os de curto prazo são aqueles que você pretende realizar dentro de, no máximo, um ano. Pode ser aquele celular novo, uma televisão nova, ou uma viagem para outro estado. Aqui devem ficar os objetivos de menor valor aquisitivo, afinal, você terá pouco tempo para se programar financeiramente para eles.
O segundo grupo é dos objetivos de médio prazo, ou seja, objetivos entre um e cinco anos. Podemos citar aqui a compra ou troca de um carro, uma viagem para o exterior, dar uma entrada em um imóvel etc.
Por último, mas não menos importante, os objetivos de longo prazo. Aqui deverão ficar aqueles objetivos que você pretende alcançar após mais de cinco anos. Um dos principais objetivos de longo prazo que todos deveríamos ter é o de conquistar a almejada independência financeira.
3) Poupar: Para sair da sua atual situação – diagnóstico – e chegar aonde você quer – objetivos – é preciso ter dinheiro sobrando. Por isso, a terceira fase do nosso planejamento é iniciar um plano de poupança. Mensalmente, você irá destinar uma parte dos seus ganhos para sua poupança, assim, você terá a verba necessária para executar as próximas duas etapas do planejamento. Se você não sabe quanto deve poupar, sugiro que você inicie com 10% e vá aumentando aos poucos. O ideal seria que poupássemos cerca de 30% dos rendimentos.
Existem duas formas de fazer sobrar dinheiro no fim do mês: ou você passa a gastar menos do que gasta atualmente, ou você passa a ganhar mais do que ganha atualmente. Ou, melhor ainda, você faz as duas coisas simultaneamente, assim, sobrará ainda mais dinheiro para seus objetivos financeiros.
4) Quitar Dívidas: As dívidas, além de roubar nossa paz de espírito, roubam nossos sonhos! Afinal, deixamos de investir dinheiro para atingir nossos objetivos para pagar juros aos bancos e financeiras.
Portanto, agora que você tem um plano de poupança, seu primeiro objetivo deve ser quitar suas dívidas, principalmente aquelas com juros mais altos. Assim, você terá melhores condições financeiras e psicológicas para construir um futuro financeiro próspero.
5) Investir: Agora que você já quitou suas dívidas, pode destinar seu suado dinheiro para algo de valor: o seu futuro! Como o dinheiro poupado não irá mais para quitar suas dívidas, agora você vai utilizá-lo para atingir seus objetivos. Você fará isso, através dos investimentos!
Se você pretende comprar um novo smartphone, trocar de carro ou ter dinheiro para dar entrada no seu tão sonhado apartamento, não basta poupar, é preciso investir o dinheiro poupado. Dessa forma, você faz com que o seu dinheiro trabalhe para você, através do rendimento das aplicações. Assim, quanto mais tempo seu dinheiro ficar investido, mais ele vai crescer. Por isso que precisamos de tempo para alcançar nossos objetivos de longo prazo. Por se tratarem de objetivos mais caros, precisamos de mais tempo para conseguir poupar um montante maior e, principalmente, para fazer esse valor poupado crescer e se multiplicar.
Viu como construir seu Planejamento Financeiro pode ser simples? Em apenas cinco passos, você pode construir um futuro financeiro que vai lhe proporcionar alcançar todos os seus objetivos! Agora, é só botar a mão na massa!