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Crescimento leva startups a estruturarem seu RH

O maior desafio para o gestor de pessoas é organizar o setor desde o início

© Depositphotos.com / Rawpixel O RH de uma startup precisa ter um perfil diferente das outras empresas.

O mercado está em constante mudança e, todos os dias, novas ideias criativas surgem e se transformam em negócios, principalmente em startups, empresas normalmente de base tecnológica.

No início, todo o processo de estruturação de uma startup é baseado em poucas pessoas e em sistemas simples. Porém, depois que os clientes e os investimentos começam a aparecer e as operações ficam mais complexas, novos aspectos devem ser considerados. Diante deste cenário, com o crescimento, essas empresas passam a precisar de um setor de Recursos Humanos (RH), pois o número de funcionários aumenta, novos cargos são criados e a gestão de pessoas necessita de aprimoramento.

No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), atualmente existem mais de 10 mil empresas deste modelo e, em muitos casos, o suporte de gestão de RH é fundamental para que o negócio se desenvolva e tenha sucesso, além de sinalizar um processo de amadurecimento do segmento.

Perfil do RH para startups

O profissional responsável pelo RH de uma startup não pode ter um perfil muito corporativo, que “engesse” as características inovadoras do negócio. Ele deve ser diferente deste padrão, entender do segmento, ter capacidade de lidar com riscos e ser mais flexível ao planejar e liderar estratégias que desenvolvam uma visão macro das atividades dentro empresa, criando uma identidade e unindo pessoas com culturas e experiências muito diferentes. Além de que, muitas vezes, o gestor será responsável por estruturar o setor de RH praticamente do zero, o que já se torna um grande desafio, pois quase não existem modelos consolidados voltados para startups para servirem de referência.

Outros aspecto muito importante na implementação de um setor de RH é o foco na contratação de profissionais específicos. Com a escassez de mão de obra qualificada, ainda mais em segmentos de base tecnológica, as startups precisam que o gestor tenha experiência em seleção de pessoas, para evitar erros e fazer contratações mais assertivas.

Como essas empresas também não dispõem de muitos recursos para investimentos, os salários nem sempre conseguem ser os mais atrativos. Nesses casos, o gestor necessita criar outros benefícios, diferenciais e pontos positivos a favor da startup.

Por fim, ao investir em um departamento de Recursos Humanos, os fundadores de uma startup devem ter ciência de que isso causará grande impacto sobre as operações da empresa e, se tudo for feito de forma planejada, os resultados também refletirão sobre o crescimento do negócio no mercado.

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