De sexo masculino, com idade média de 36 anos, graduado no ensino fundamental, casado e direcionado para um negócio formal, este é o perfil do empreendedor brasileiro, conforme o relatório de 2013, feito pela Endeavor Brasil, organização internacional sem fins lucrativos. Entretanto, muitas outras características e posturas foram detalhadas pelo levantamento, que contou com dados do Ibope, e considerou um total de 2.240 respostas de mil entrevistados.
Ao coletar as opiniões de proprietários de micro (de 1 a 9 funcionários), pequenas (de 10 a 49 funcionários) e médias empresas (de 50 a 249 funcionários), além de jovens e adultos que pretendem integrar o ramo administrativo, o estudo apontou que 88% da população acreditam que “empreendedores são geradores de empregos”. No entanto, 76% optariam por “ter um negócio próprio a ser empregado ou funcionário de terceiros”, contabiliza a Endeavor.
Enquanto isso, 74% da sociedade dizem que “o empreendedorismo é a base de criação de riqueza, beneficia a todos nós”, à medida que 60% garantem que “empreendedores exploram o trabalho de outras pessoas” e “os empresários pensam apenas no seu próprio bolso”. Porém, “praticamente todos concordam” que “ter um negócio é assumir responsabilidades”.
Da mesma forma, a análise afirma que quase todos os entrevistados concordam que conduzir um empreendimento é “colocar a mão na massa”. Contudo, entre aqueles que administram uma empresa atualmente, apenas 14% têm funcionários. Sendo assim, somente 4% dos gestores de todo o Brasil são criadores de empregos, caracterizando um cenário alarmante.
Além disso, dentre os profissionais que contratam trabalhadores, 24% possuem formação no ensino superior e um a cada três deles pertence a uma família chefiada por um empresário. Deste modo, a partir do conhecimento e da experiência adquirida, pessoas com este perfil obtêm em média uma renda mensal de R$ 2070,60, a mais alta entre todos nos brasileiros.
Por outro lado, sabendo das vantagens e desafios proporcionados pela empreitada, três entre quatro brasileiros gostariam de gerir uma organização comercial, mas só 19% pretendem concretizar este objetivo em até 5 anos. E o motivo? A falta de recursos financeiros é a razão mencionada por 66% dos indivíduos que acham pouco provável empreender futuramente.
Como consequência dessa perspectiva, 33% da sociedade é composta por “empregados convictos”, de baixa escolaridade e renda individual. Contudo, a análise produzida pela Endeavor encontrou os “empreendedores bicos”, brasileiros médios, indivíduos do sexo feminino que chefiam famílias, que formam 18% da população, e uma parcela classificada como “potenciais empreendedores”, que respondem por 39% do povo brasileiro.
Considerando o mercado formal, cuja amostra foi de 700 empreendimentos, o estudo contabiliza que as microempresas representam 81% dos negócios, enquanto as pequenas correspondem a 16% e médias chegam a 3%. Vale ressaltar que a pesquisa, como afirmam os desenvolvedores, possui nível de confiança de 95% e margem de erro de 2%.
Para compreender melhor o perfil do empreendedor brasileiro, confira o infográfico elaborado pelo Mundo Carreira, no qual estão disponíveis informações sobre os tipos de gestores e seus comportamentos, assim como as regiões do Brasil que mais concentram negócios: