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O empreendedorismo social no Brasil

Conheça os empreendimentos que visam, ao mesmo tempo, lucro e impacto social; este modelo de negócio ganha força no cenário econômico brasileiro

Empreendedor individual

Foto: ogestor

Que tal ter um negócio e, ao mesmo tempo, auxiliar de forma direta a sociedade onde se está inserido? Esta postura empresarial sintetiza o empreendedorismo social, formato que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Diferente das ONGs (Organizações Não Governamentais), os empreendimentos sociais visam o lucro. Por outro lado, distintamente das empresas em geral, priorizam promover impactos sociais positivos.

Considerado um dos grandes precursores internacionais do empreendedorismo social, o economista bengali Muhammad Yunus ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2006 pelo trabalho realizado pelo banco criado por ele. O Banco Grameen conseguiu, a partir de um modelo de microcrédito, tirar milhares de pessoas da pobreza. Yunus acabou por dar uma maior visibilidade aos empreendimentos sociais, além de ter demonstrado o quão fortes podem ser os impactos causados por eles.

No Brasil, um mapeamento realizado em 2011 por empreendimentos sociais e entidades ligadas ao setor listou 140 empresas de foco social. Acredita-se, porém, que este número já seja bem maior. Vistos com certo descrédito até pouco tempo, os empreendimentos sociais ganham força no país chamando a atenção de entidades governamentais e, também, de investidores. Segundo especialistas da Artemísia, entidade voltada especificamente ao setor, o número de fundos de investimento para negócios sociais cresceu aproximadamente dez vezes apenas nos últimos quatro anos. Estima-se que, juntos, os fundos atualmente disponíveis somem nada menos do que R$250 milhões.

Geração Y

Foto: wlc

Dentre as áreas de destaque para o empreendedorismo social estão alimentação e agricultura, educação, serviços financeiros e microfinanças, e saúde. O Brasil conta com uma atenção especial por parte de investidores internacionais não apenas por sua complexidade social, mas sobretudo pelo momento econômico atual, em que mais de 140 milhões de brasileiros ganha poder de consumo por causa dos avanços da economia. Um cenário extremamente favorável para que mercado e ações de impacto social se unam em prol do desenvolvimento.

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