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Home office: uma tendência do mercado

A pressão para diminuir custos nas empresas, o trânsito intenso das cidades e as tecnologias de comunicação à distância tornam o home office uma alternativa de trabalho bastante inteligente.

© Depositphotos.com / monkeybusiness Apesar das vantagens, algumas empresas tanto tradicionais quanto “modernas” ainda resistem ao modelo de home office.

O novo estudo intitulado “Global Evolving Worforce”, da Dell e da Intel, demonstra que o home office já se torna uma tendência de mercado e pode ser uma boa solução para abaixar os custos das empresas e melhorar a qualidade de vida dos empregados. Segundo matéria do site exame.abril.com.br, o estudo aponta que 54% dos brasileiros sentem que o trabalho remoto rende mais e os que discordam dessa afirmação representam apenas 14% da pesquisa.

Ao contrário do que o senso comum prega, nem sempre o ambiente familiar é sinônimo de distrações. Embora seja preciso disciplina para a execução de tarefas em casa, o home office representa um nítido aumento de qualidade de vida ao trabalhador. Na pesquisa, 49% dos brasileiros que adotam o trabalho remoto afirmaram que sentem menos estresse e 33% dormem mais quando não precisam ir ao escritório.

Cleo Carneiro, diretor da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), afirma que trabalhar em casa traz mais tranquilidade do que o escritório e lembra que é importante que os outros moradores da casa saibam em que momento o trabalhador está executando suas tarefas e o respeitem com silêncio e discrição nesses momentos.

A produtividade ainda está associada à presença física nos escritórios na mentalidade da maioria dos empresários brasileiros. Eline Kullock, presidente do Grupo Foco, diz que muitos empresários encaram o home office como uma recompensa ou “prêmio” para o funcionário. No Brasil, somente 36% das empresas aderem a essa modalidade de trabalho. As que recorrem ao home office já conseguem perceber diminuição de custos e melhoria na produtividade do funcionário.

Apesar das dificuldades, a alternativa parece ter futuro. Segundo um estudo geracional global da PwC, de 2013, 64% da geração Y trabalharia de casa, se tivesse a opção. Isso não significa que o total isolamento seja saudável. Para funcionar bem, é preciso existir momentos de interação entre a equipe. Não por acaso, o modelo de home office que mais ganha espaço é o parcial, isto é, que divide o expediente entre a casa e o escritório.

Os números do estudo “Global Evolving Worforce” corroboram essa tendência: entre os brasileiros que têm permissão para trabalhar remotamente, 70% passam 75% do tempo na empresa.

O segredo para o sucesso parece estar na flexibilização da presença do trabalhador. Sua presença física passa a ser solicitada nos momentos em que é preciso criar estratégias, afinar a união da equipe e desenvolver a criatividade. Essa liberdade aumenta o senso de responsabilidade do funcionário e tende a fazer seu desempenho aumentar. É o fim do ponto batido e início da era da independência no trabalho.

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