A satisfação no trabalho pode existir por motivos diferentes para cada pessoa, mas, no geral, está ligada à automotivação e à expectativa que se tem sobre o trabalho que exerce. Na Psicologia é considerado um estado emocional agradável resultante de um balanço entre o que se deseja e o que se recebe da profissão exercida.
Pode-se definir o conceito de satisfação no trabalho ainda, como o prazer que se tem ao compreender que a atividade exercida permite o atendimento de objetivos e valores importantes para a vida pessoal e organizacional.
Estes conceitos são compostos por diversas variáveis que determinam a percepções de cada indivíduo e não podem ser definidos objetivamente, mas há um consenso quanto à necessidade de motivação e engajamento com a empresa para desencadear a satisfação com o trabalho.
Um estudo realizado pela consultoria Towers Waston, ouviu 90 mil trabalhadores em 18 países. O estudo concluiu que a satisfação está diretamente ligada à capacidade de uma empresa de liberar a iniciativa, a imaginação e a paixão dos colaboradores e, na maioria das vezes, não está diretamente relacionada com o salário.
No livro Como Encontrar o Trabalho da Sua Vida, o filósofo Roman Krznaric explica que no momento em que se alcança uma renda suficiente para cobrir as necessidades básicas, aumentos salariais pouco acrescentam à satisfação do funcionário. Em um primeiro momento o salário faz diferença, porém, depois de algum tempo, o clima organizacional, a função e outros aspectos passam a ser determinantes.
Pessoas muito competitivas podem alcançar a satisfação se estiverem em um ambiente em que terão chances serem reconhecidos com um cargo mais alto, em detrimento de salário maior ou de benefícios extras, por exemplo. Outros trabalhadores têm satisfação por terem mais tempo livre para as atividades da vida social. Alguns podem se sentir satisfeitos, ainda, por serem desafiados constantemente. Não existe uma regra.
Segundo o professor de psicologia da Universidade do Rio Grande do Norte, Pedro Bendassoli, é um mito buscar a plena e eterna identificação com o trabalho, pois nossas necessidades e valores mudam ao longo do tempo. “E é justamente à medida que as pessoas trabalham e se frustram que entendem o que as movem”, afirma.